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29.12.08

Estéticas da Morte #quarenta e cinco

Matei-o porque ofereceu o Madame Bovary à minha esposa (os críticos elevam a sua voz unânime: melhor fora que tivesse ofertado A Educação Sentimental) e porque sim. Sobretudo, porque sim. Ah, e porque me tentou abraçar*.
* A Bovary, percebo-o agora, foi apenas uma manobra de diversão.
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27.12.08

Thank you, Baby Jesus


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Passeio Público

(Dia de orçamento)

Amanhã é dia de Natal – e eu não devia esboçar um único pensamento sobre o orçamento da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), mas existe um dever para o homem cumprir e hoje a minha incumbência é essa: discutir criticamente o orçamento para 2009 da CMC.

Um orçamento, seja ele qual for, é sempre um “futuro” inscrito no papel. E esse “futuro” pode não ser o melhor possível. Aprovado pela maioria (PSD/CDS-PP/PPM) e olhado com desdém pelas oposições (PS/PCP/Pina Prata), o orçamento para o exercício de 2009 da CMC é, numa palavra, “despretensioso”. Desenganem-se os adeptos da pequenez e da singeleza: isto não é um elogio ao executivo que apresentou este orçamento.

O orçamento é “despretensioso” porque revela pouca audácia e, sobretudo, porque nele não se vislumbra qualquer medida estruturante que lide com a crise, no emprego ou na habitação, que afecta desde há muito a cidade de Coimbra.

Embora a dotação orçamental de áreas como a habitação (nomeadamente: a recuperação do centro histórico e a habitação social) seja relevante, não podemos deixar de assinalar a carência de obras significativas, de inequívoco valor estrutural, no tecido urbano da cidade. Parafraseando o vereador comunista, Gouveia Monteiro: há obras marcantes, mas são muito poucas. O Metro Ligeiro de Superfície é uma dessas obras – importante mas com a existência protelada; e um exemplo típico das baixas taxas de execução das obras previstas em orçamentos anteriores.

A resistência ao desemprego parece subsumir-se às ajudas ao iParque. O projecto do parque tecnológico afigura-se imprescindível para a reconfiguração económica de Coimbra e da região. Não obstante, o problema estrutural do desemprego não poderá ser resolvido com base em medidas circunscritas a um único pólo de desenvolvimento.

Amanhã é dia de Natal – mas isso, para o caso, é um pormenor desinteressante. O ano deixa-se ir, transpõe as páginas do calendário e, lentamente, é esquecido. O ano de dois mil e oito, quase morto e enterrado. Que Deus o guarde! O que virá depois?
(Quarta-feira, 24/12, no Jornal de Notícias)

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24.12.08

E é isto (odeio o Pai Natal)


Bom Natal para tod@s (com o Menino Jesus)!

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22.12.08

O melhor piropo de sempre*


(Da mini-série «Um Mundo Catita», retirado daqui)

*Ou: o piropo mais ordinário de sempre.

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700 anões (+17)


(Rua de Miguel Bombarda, Porto)

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19.12.08

Estéticas da Morte #quarenta e quatro

Dizia-se deles que eram melhores que Jaime Ramos e Filipe Castanheira (talvez: mas eu não posso confirmar este boato) . Não havia caso que deixassem por resolver, desde a extorsão mais grosseira ao mais fino homicídio. Do que eles gostavam mais era de seguir os vestígios de abscônditos casos de adultério, especialmente os que envolviam belas e provocantes starlettes do teatro de revista. Um dia (talvez: por volta do meio-dia) foram imprevidentes (ou desleixados, não sei) e meteram-se com o adúltero errado, isto é: com alguém que, por mero acaso, era também chefe da máfia, ou de uma organização criminosa similar (talvez: de uma claque de futebol). Marsh e Melo, detectives privados, foram cruelmente grelhados no espeto. Sem apelo nem agravo (ou mesmo molho de barbecue).
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Champions League

Podia ser pior:
Sporting - Bayern de Munique
Porto - Atlético de Madrid.

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18.12.08

Passeio Público

(Este humor que vos deixo)

O mundo não muda grande coisa com o passar do tempo: não mudou em vinte séculos, e muito menos num único ano. Acho que se pode dizer isto. Em Portugal, a “crise” parece ter existido sempre, como as dores de parto e os deputados absentistas. Distraídos com as montras dos centros comerciais, percebemos tardiamente que o dinheiro não “vai chegando” para tudo. Percebemos que está tudo igual, mesmo quando tudo parece diferente. E que, independentemente do que se diz e se sente, as coisas permanecem iguais porque o mundo é péssimo (evidentemente); sempre o foi e, digo-o sem relutância, sempre o será.

O mundo não muda quase nada, mesmo em trezentos e muitos dias. Dá vontade de chorar e de lançar pedras à polícia. É claro que isso já se vai fazendo, com alguma sinceridade e pouca pontaria. A “crise” antecipa o apetite pela destruição - note-se como as sólidas rochas do Pártenon se desfazem, estrepitosas, no broquel das autoridades gregas. Chegará o dia em que não haverá uma única pessoa no mundo que não esteja zangada com alguma coisa. Nesse dia anunciar-se-á, alegremente e sem remorsos, a morte da “humanidade”. Seja lá o que isso for.

É certo que nos encontramos, afinal, distanciados desse dia. O caos foi o início de tudo e será também o fim de tudo mas, por enquanto, temos ainda tempo para ridicularizar o que resta do ser humano. O riso é necessário, suspenso na incredulidade dos dias. É preciso “fazer pouco” de quem julga ser “muito”, eis o mandamento que vos deixo.

Para “fazer pouco” do mundo temos agora o Bruno Aleixo. O Bruno é um cão (já foi um Ewok) de Coimbra; gosta de ir ao café do Aires (“na estrada perto dos comboios”, em Coimbra B), mas tem sido visto mais vezes na SIC Radical, aos Domingos à noite. O Bruno Aleixo não é um cão vulgar – nem sequer tem pulgas, ele que se purifica, da cabeça aos pés, com “champô” 2 em 1. É um cão que fala (com um sotaque a fazer lembrar o “Leitão à Bairrada”), como nas historietas de La Fontaine, mas pouco dado a sentenças edificantes. É narcísico e inconveniente. É egocêntrico, mas sabe tocar piano e canta como um rouxinol (à noitinha). É (sou justo) o maior. Faz-me rir, o Aleixo, como há muito não me ria.

Quanto mais conheço os homens, mais gosto do cão. Ou lá o que é aquilo. O Bruno Aleixo, conimbricense sentimental e velhaco. Naturalmente, um senhor.
(Ontem, 17/12, no Jornal de Notícias)

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17.12.08

Vauxhall à moda alemã

A disposição para fazer coisas, porém, existe certamente entre nós. Basta um súbito sopro de vento e logo organizamos sociedades de caridade, de incentivo e de não sei que mais. O objectivo será maravilhoso, mas nada resultará.
(Nicolai Gógol, Almas mortas, pág. 262)

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Memória

Governados por mercadores sem memória e sem outra cultura que não a do dinheiro, faltava-nos ver a nossa própria História à venda. Em breve, nem Cristo (quanto mais nós) terá poderes para expulsar os vendilhões do Templo porque eles já terão comprado o Templo e já lhe terão dado ordem de expulsão a Ele.

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16.12.08

Também eu


(Diego Velazquéz, Aesop, 1640, Museo del Prado, Madrid)

Esta fábula (que adormece a noite) perdura para além do silêncio que lhe assegura o final. Ouvem-se as palavras, ludibriando a comissura incipiente dos lábios, e uma torradeira decadente, enformando pães esqueléticos, vitoriosos na sua recolha ao corpo. A história é sobre uma mulher bonita que, todavia, não o é. O acaso da sua beleza, da sua fealdade, depende de uma passada imperfeita de luz, da revelação aberta do olhar atento, de um mosquito que fere a carne exposta. Toda a mulher é aquela mulher. Nenhuma mulher é aquela mulher. Ou seja.

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15.12.08

Little girls

My name is Little Girl and I had a little green ring made of beach sand. I was very happy because I had that little green ring. It was a very beautiful green ring and, above all, it was a very important little green ring because it was given to me by a boy, a very big and nice boy. One day, one morning, I suppose, something happened and I lost my little green ring but I can still feel it in my little skinny finger.
(Peter Peldivas, The wedding ring, pág. 26)

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A gramática de Orlendorf


(Théodore [Jean-Louis-André-] Géricault, A fábrica de cal, circa 1821/22, Paris, Musée National du Louvre)
A casa engole as pessoas, é isso que ela faz embora imóvel e de cores desbotadas; jura fidelidade ao corpo embotado em camisas e saias díspares, desconjuntadas, tremidas; solenidade em falso; romaria a santo inexistente. A casa guarda os restos de um passo molhado, incerto, de águas caídas pela dor; divide a respiração partilhada das camas (de calor doce) como se o seu feito maior acabasse sempre em manhãs solitárias. Eu sei que tudo isso é possível, a chuva limpa a noite, prepara a estrada para todos os amanhãs - tudo isso é possível.

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14.12.08

Chronopolis


(Edward Hopper, 1932, Metodist Church of Provincetown, Wadsworth Atheneum Museum of Art, Hartford)
Edward Hopper não é, certamente, o meu pintor preferido (esse talvez seja Turner ou, em dias menos nebulosos, Francesco Guardi). Contudo, algumas razões de peso recomendam Hopper ao amante da pintura do séc. XX: é americano, está morto e as imagens que nos legou enformam a matriz de uma boa parte da americana. É estranho (ou talvez não) mas quando vejo um lubrificante da Mobil penso sempre no pintor de Nyack e no seu Gas. Também a pungente ideia de «isolamento na transparência» só pode ser entendida reproduzindo o olhar de Hopper em New York Office ou no celebérrimo Nighthawks.

É óbvio que ainda não falei de Provincetown e da sua Igreja Metodista. Nem vou falar, desenganem-se. Interessa-me apenas a estase a que o pintor sujeitou o sacro edifício branco. É verdade que Hopper suspende o tempo mas apenas na extensão finita da tela. No resto do espaço (emerso e imerso), o tempo persegue ainda o seu infindável desígnio de esquecimento e destruição e, ao contrário da Chronopolis de Ballard, os edifícios públicos não se encontram suspensos no intervalo neutro entre o ontem e o amanhã. Em todo o lado o tempo se arrasta numa passada vagarosa mas decidida. Com bandeiras portuguesas dançando, preguiçosas, entre o vento de Cape Cod.

(Chris Ramirez)

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12.12.08

E um protector solar também dá jeito #seis


(Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe)
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The melancholic youth of Jesus


Nada de Melancolia de Pedro Mexia (vai preparando a caneta para o autógrafo). Hoje, às 21:30h, no Incógnito.

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11.12.08

Passeio Público

(Leve-leve)

Não sei exactamente quantas são as cidades que levam o nome de Coimbra; suponho que seja um assunto pouco interessante, escassamente estudado e de relevância dúbia, mas é óbvio que posso estar enganado (não seria a primeira vez) e, nesse caso, apresento desde já as minhas mais sinceras desculpas. Que eu saiba, para além da Coimbra original e primeira, subjugando de perto o Mondego, existe ainda uma cidade brasileira homónima em Minas Gerais, e um Forte Coimbra, no Mato Grosso do Sul, também no Brasil.

É claro que um nome não é mais que a memória de uma existência. Um nome é, como escreveu Pirandello, um "epitáfio fúnebre" e todo (ou quase todo) o epitáfio se escreve num tom memorialístico e, portanto, impressionado com o passado e não com o futuro. Um dia as pessoas hão-de entender que são elas que fazem as cidades, que lhes inspiram a silhueta e lhes vincam as formas; e que os nomes das cidades (e as suas pedras, monumentos e ruas) são apenas o palco de uma dramaturgia que persiste para além deles.

Cada pessoa é uma cidade. Ou melhor, em cada pessoa há uma cidade. Possivelmente, uma cidade íntima e privada – mas definível e redutível a um espaço conhecido e localizável. É, por isso, possível recapitular Coimbra em sítios tão inusitados e remotos como São Tomé e Príncipe.

As ilhas são pequenas e os encontros fáceis. Sem qualquer combinação prévia, por uma casualidade que é difícil explicar sem recorrer à crendice mais rasteira, encontrei-me recentemente em São Tomé com um número expressivo de conimbricenses, não menos que metade dos cerca de 50 hóspedes de um conhecido hotel da ilha. O estudante de Engenharia Civil e a médica ortopedista, a inspectora da Segurança Social ou reformado da Administração Pública: uma recriação do microcosmos da cidade em latitudes equatoriais.

Quase todos, por diferentes fundamentos e motivos, se afastaram fisicamente de Coimbra. O ritmo junto ao Mondego é vagaroso, “leve-leve”, como naquelas ilhas que adoptaram o “Equador” de Miguel Sousa Tavares como livro nacional, e as pessoas têm que partir e fazer pela vida noutros lugares. Não obstante, a cidade renova incessantemente a sua sombra – e é difícil escapar-lhe. Sobretudo a 5000kms de distância.
(Ontem, 10/12, no Jornal de Notícias)

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10.12.08

E um protector solar também dá jeito #cinco


(Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe)
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9.12.08

Passeio Público

(Os ratos)

Dos ratos diz-se, não sei se com alguma razão, que são os primeiros a abandonar o barco. Foram eles (e as pulgas; e a Y. pestis; e a ignorância) os responsáveis por milhões de mortes durante o séc. XIV e seguintes, quando a Peste Negra dizimou uma parte substancial da população europeia. Eu não gosto de ratos – prefiro o Tom ao Jerry, e o Donald ao Mickey. Detesto cobras, cultivo mesmo uma aversão irracional a essas criaturas amputadas, mas gosto ainda menos de ratos.

A selecção natural contribui para a disseminação dessas alimárias felpudas e sujas (aliás, repugnantes), quando devia coadjuvar a sua eliminação. Não sei se a Bíblia os amaldiçoa mas, se não for esse o caso, devia fazê-lo. De preferência, através das vozes eficazes dos profetas ou de uma epístola de S. Paulo.

Em poucas palavras: o homem, auto-presumido feitor do mundo, devia fazer tudo o que está ao seu alcance para afastar de si o malquerido roedor. Por vezes o homem faz umas coisas, arma ratoeiras e distribui veneno, sempre de forma liberal e pródiga, mas nunca é suficiente. Os ratos nascem mais depressa do que morrem; reproduzem-se como coelhos, diz-se, o que é uma asneira porque os velhacos são mais expeditos e resolutos que os simpáticos orelhudos de olhos afogueados.

E assim se chega onde se quer chegar: um infantário de Coimbra, localizado na Casa Branca, foi encerrado temporariamente por causa de uma invasão de ratos. Mesmo ao lado do infantário, num terreno especialmente propício, atravancado de silvedos e automóveis abandonados, multiplica-se, irrestritamente, o pernicioso murídeo. O terreno pertence à Câmara Municipal de Coimbra, que o dispensou à PSP. A situação configura, absolutamente, um caso de polícia.

Os miúdos de hoje já nem sabem muito bem o que é a “natureza” mas, valha-nos o bom senso, existem maneiras preferíveis de lhes apresentar os encantos do mundo animal. Levá-los ao Jardim Zoológico, por exemplo. A verdade é que o zoo se transferiu para o infantário. Mas, infelizmente para todos, sem os leões, as girafas e os ursos. Só os ratos. Com as pulgas e as doenças que eles adoram transportar gratuitamente.

Desconheço as razões da existência de um depósito de viaturas abandonadas junto a um centro infantil. São coisas que não combinam, como a gravata às riscas com a camisa aos quadrados. É talvez necessário conhecer esta verdade essencial. Para que, da próxima vez, se mantenha afastado o que não deve andar por perto.
(Quarta-feira, 03/12, no Jornal de Notícias)

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Odi et amo


Hoje, 9 de Dezembro, na Livraria Bertrand do C.C. Dolce Vita, em Coimbra, pelas 21.30h, o Filipe Nunes Vicente lança o seu novo livro, Amor e Ódio (edição Quetzal). O Paulo Mota Pinto apresenta.

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