Estéticas da Morte #quarenta e dois
A música que se ouve é má (aliás, é o que vocês acharem que é): um standard de jazz, tão frequentado que se tornou irreconhecível. O café, embora ligeiramente mais caro que nas pastelarias de referência, não é péssimo: líquido, negro, só lhe falta ser saboroso. Cuido das coisas à minha volta, um olhar à paisana nunca fez mal a ninguém. Abro a boca, deixo escapar mais um bocejo. O dia começa à espera. Detesto as pessoas. Reconforta-me a ideia que um dia elas vão morrer. Espero, sem desesperar. Um dia, todas elas, mortas, o ouro sobre o azul. A terra sobre a tristeza.
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