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18.2.08

Estéticas da morte #trinta e um

Não julgues que o coveiro vai cavar mais fundo, ou mais a direito, por saber que é para ti a vala definitiva. Aquela noite perene é ainda um destino só teu. As mãos do coveiro não animam na morte e nos mortos que ela semeia. Abraçado à enxada, enquanto fuma um cigarrinho trapaceiro, talvez vislumbre na geometria branca do cemitério as coxas de uma infindável, inesquecível, rapariga dos subúrbios. Não te julga a ti nem a quem te matou. O romântico coveiro romântico. O indivíduo aprisionado no cliché. Quem sabe alguma coisa sobre a criatura?

O vento sopra o regresso das mãos à tua vala, o falhanço dos homens remanesce em dedicatórias póstumas no mármore indiferente das campas.

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