Estéticas da morte #vinte e nove
O que se pode ver, lá fora? Muito pouco, muito nada. Tudo é lento à superfície menos as sombras que esticam (nas entrelinhas) o cinzento cansado da rua. É pior cá dentro. Um rosto de pergaminho, encrespado nas piores marés: o desalinho sincopado da memória. A melancolia solícita dos braços pendentes, dos sorrisos quebrados e parcos em incisivos e molares. O que há para além da escuridão? Uma janela incapaz de suster um homem de vontade. Uma grade que lhe aprisiona (e atravessa) o corpo. Um final de cantos lúgubres e terras revolvidas.
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