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5.10.07

Estéticas da morte #vinte e sete

Apesar da escuridão e do caminho largo tropeçou no corpo. O rumor dos caminhos desfez-se, agigantou-se o silêncio. Nunca tinha visto um morto assim tão perto, as carnes moles envolvidas pela poeira da estrada. Refreou a custo o medo que naturalmente o enlaçou. Tocou a pele descoberta do cadáver na ânsia desconexa de sentir a morte. Riu com gosto: o cadáver ainda estava quente. Ele estava vivo mas roxo de frio. Tentou mover o corpo, tanto volume e tanto peso dissiparam-lhe as vontades. Deixou-o algures na obscuridade do largo caminho, ao sabor dos cães e dos demónios, corrido pela ventania. Mais tarde, quando morresse, enfrentaria o juízo do Padre-eterno sem o peso de ter carregado uma morte às costas.

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