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2.8.06

Estéticas da morte #sete

Já foste negra, quando Bocaccio te lamentou e com incerto passo te vestiu de palavras. Quando ninguém sabia de onde vinhas e porque vinhas, apenas que vinhas. E punham-se a imaginar humores e miasmas, judeus e bruxas, mortos e criminosos, quase tudo menos os ratos e as pulgas. Tão infímos e ridículos que ninguém deu por eles, senão muito tarde. Mas, de que servia saberes como vinhas? És a certeza de um incerto ano.

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