Estéticas da morte #dezasseis
A inquilina das tuas veias é a água. Esqueces-te de chorar quando é preciso, demoras o riso no vazio que te enche os dias. Sempre te conheci sob um véu esgarçado de mistério, pressentindo as mortes alheias no tardar das horas. A razão da tua desdita: a fatalidade da previsão, o enfado da correcção. Agora dizes-me que o próximo sou eu. Espero que te enganes. Esta corda em redor do teu pescoço e as minhas mãos fortes são mais que suficientes para contrariar o oráculo.
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