<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

5.3.07

Estéticas da morte #dezoito

Este homem [digamos, para efeitos práticos, que se chamava Jaime Miguel Barreiros Silvério de Alencar] gostava de sentir a arma nas mãos. Todos os dias, durante 30 anos. Passava as horas em observação pasmada e diletante, porém atenta. O peso equilibrado. As minudências barrocas da coronha. As estrias do cano curto ainda por fumegar. A frialdade do metal. A placidez tonitruante do cromado, sobretudo, provocava-lhe um frémito nos sentidos que, imaginava, ia mais além, muito mais além, que a experiência sexual. Um dia - uma noite, se quisermos ser mais exactos - decidiu ir um pouco mais longe: queria sentir a bala na têmpora direita. A arma perfeita encravou. A bala ficou pela penumbra, nunca deu sombra. Jaime Miguel Barreiros Silvério de Alencar podia agora morrer de desgosto.

Etiquetas: