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31.10.03

A praia

tem um boneco giro. A decoração não será apenas acessória, não será nada acessória: antes se reveste de uma eficácia simbólica que devolve a humanidade à inumanidade e resgata da lama consciências traídas. Valerá a pena lamentar um momento que nos faz feliz?

[Em segundos a razão de ser deste post desvaneceu-se]

A riqueza do trabalho - parte a seguir

Trabalho!, e depois? Continuo a estudar. Se eu mandar esse será o meu trabalho. Mesmo depois de casar e ter filhos.

A riqueza do trabalho

Já há muito tempo que não ansiava assim o fim da semana. Pelo menos desde os tempos teen, em que o fim de semana me concedia, muitas vezes, a oportunidade rara de apreciar a cama de Morpheu até à uma da tarde. Nos idos tempos do Departamento e do Bar das Matemáticas o fim de semana podia ser, se eu quisesse (ó meu Deus como eu usei e abusei desse poder), a semana inteira: sem espaços intercalados (5 dias inteiros, pois, que hoje já ninguém trabalha somente 8 horas - 8:00h-12-12:30h/14:00h-18:00h - e o trabalho persegue a maioria das pessoas por todos os seus espaços, públicos e íntimos) de torpor forçado de actividades, manuais ou intelectuais, que visam a produtividade e a riqueza de outros que não eu. Por isso anelo pelo fim de semana. O único espaço temporal ainda meu. Sou solteiro e não tenho filhos.

30.10.03

Mudança

Para hoje anuncia-se borrasca à moda antiga. Nos dias negros as cores vivas da leitura são apreciadas pelos nostálgicos da Primavera.

Sou

um só. Quantas eternidades me precedem e quantas me advirão? O meu tempo é o meu tempo, mas o outro é para mim perdido.

27.10.03

Lê-se:

O Dicionário do Calão, de Eduardo Ferro Rodrigues. Editora PGR

Nesta tarde à espera da chuva

Finda a esperança, só nos resta a liberdade.

22.10.03

Deus me ajude

Lentamente a lista do Labirinto vai engrossando. Haja tempo e paciência.

NY Cool

Hoje comprei o novíssimo álbum dos (The) Strokes, cinco rapazolas nova-iorquinos que não têm medo de pronunciar a palavra cool e de alardear, sob a fácies retro, toda uma substrução cultural que marca a mais europeia das cidades norte-americanas. O que aprecio verdadeiramente nos The Strokes e na sua música retro-vanguardista (meu Deus, que oxímoro) New Yorker é a reinvenção de uma tradição rock, nos antípodas do Boss de Filadélfia, sublimada nas prestações dos Stooges, Velvet Underground ou Sonic Youth. Há quem goste de Springsteen. Eu não. A música até pode ser boa, mas o homem, definitivamente, não é nada cool.
The Strokes. Room on Fire. RCA Records

21.10.03

Felix culpa

No Latinista Ilustre:
"Felix Culpa, ou Felix Ruina, costuma ser livremente traduzido por "Feliz Pecado", por ser relativo ao pecado original. O poema "Nothinhg Gold can stay", de Frost, é o exemplo dessa metáfora como bem sabe:

"Nature's first green is gold,
Her hardest hue to hold.
Her early leafs a flower;
But only so an hour.
Then leaf subsides to leaf.
So Eden sank to grief,
So dawn goes down to day.
Nothing gold can stay
(...)"
O termo Felix Culpa poderá vir de Santo Ambrósio mas, se o leitor assistiu à Missa de Páscoa antes do Concílio Vaticano II, poderá lembrar-se da frase notável:
"O felix culpa quae talem et tantum meruit habere redemptorum."

Ou seja, o Pecado original, a Queda, é feliz pois recebe tão grande redenção: A Encarnação de Cristo. Não sou grande teólogo, mas a ideia parece ser que a liberdade com que Deus nos criou (logo desviável para o pecado) pode também, pela Fé e as acções que escolhemos praticar, levar-nos (depois da vinda de Cristo) até à salvação.

Isto transforma a visão A.C. do pecado original como definitivo ou radical (de raíz) para mostrar a Encarnação como o ponto axial da história. Claro que a visão protestante é diferente, pois o fim é a glória de Deus (pode encontrar mais aqui).

Voltando a Frost, uma boa visão pode ser esta:
"The pattern of paradox is assured; the fall is really no fall to be mourned. It is a felix culpa and light-bringing. Our whole human experience makes us aware that dawn is tentative, lovely, but incomplete and evanescent. Our expectation is that dawn does not "go down" to day, but comes up"


Obrigado! Afinal, o leitor sou eu.

Bona, Alemanha

A partilha de sonhos ressoa longe, também perto, no final de um dia nublado e indizível.

Nazi Hund

Na Alemanha (isto não é preconceito: só podia ser lá...) o dono de um rottweiler foi levado a tribunal por ensinar o cão a fazer a saudação nazi com a sua pata dianteira direita. No JN refere-se que "o animal compareceu no tribunal como testemunha", para que o juiz comprovasse que ele era capaz de fazer o dito gesto. Então o animal não era o réu?

20.10.03

De passagem, no autocarro

Um amigo confidenciou-me que uma vez se apaixonou por uma rapariga que passava num autocarro, já não sei de que linha, nem ele. A figura efémera, esgarçada pelos vidros sujos de uma tarde lamacenta de Novembro, assomou-lhe súbita, rasgando-lhe a consciência e aspirando a sua alma para a ventura de um momento irrepetível. Naquele momento ele foi feliz como nunca foi ou voltaria a ser. Perguntei-lhe: como poderias não amar uma imagem que te prometeu a felicidade?

Catarina

Trinta meses apenas. Sem a ter visto nunca adivinho-lhe um sorriso angelical, daqueles que só as crianças ainda sabem fazer. Só desta vez gostaria que a lei não fosse e a justiça sim. Porque eu não consigo condoer-me com o inumano.

18.10.03

Fim de tarde no Palácio de Cristal

No Norte trabalha-se mais, dizem-me. Esta chuva de fim de tarde invoca o son[h]o.

16.10.03

Actualização

Continuo a actualizar a lista de blogues No Labirinto. Um erro grosseiro do gerente da loja, que apagou uma listagem já bastante jeitosa, tornou premente importunas tarefas de actualização .

Um blogue

Devia estar a comer um pastel de nata. Ainda há coisas mais fortes que a fome.

14.10.03

Recato do silêncio

Ana Gomes, ao sugerir ao PGR a investigação de elementos do Governo, alicerçando a sua opinião numa reportagem inserta na revista francesa Le Point, manifesta um ânimo precipitado que eu julgava apartado da mulher que tão bem conduziu os interesses portugueses e timorenses em Jacarta e que poderá indiciar uma, digamos, pretensão de desinformação subjacente. A dirigente do P.S., certamente conhecedora da data de publicação da reportagem (Junho de 2003), reage tardiamente a asserções jornalísticas que poderão ou não conter laivos de verdade, pois, se o seu objectivo fosse esclarecer os conteúdos da reportagem então deveria ter solicitado a investigação no momento em que a revista chegou às bancas e não agora. Neste momento, a solicitação veemente de Ana Gomes assemelha-se a um incitamento a comportamentos de caça às bruxas, forma de desviar a atenção mediática do Dr. Paulo Pedroso, arguido no processo Casa Pia e, concomitantemente, destacado membro do Partido Socialista português.

P.S. António Costa, depois de um período de desorientação, parece ter encontrado o Setentrião.

13.10.03

Segurança paradoxal

Quando me falam de regras de segurança fico sempre com vontade de não as cumprir.

10.10.03

Inchado

Desculpem lá mas estou. A culpa não é minha mas, de facto, belo é a palavra certa. O brilhantismo do pequeno poema de Robert Frost reconsidera o perene tema da mutabilidade, combinando metáforas condensadas, descrições vívidas e recorrentes padrões paradoxais ("green is gold" "leaf´s a flower"). Um poema que nos leva a aceitar a melancólica transmutação da beleza mas também a queda da fortuna.

A guerrilha

Disse aqui que, a provar-se a inocência do Dr. Paulo Pedroso, a perda de confiança na justiça portuguesa torna-se a reacção legítima dos indivíduos a uma sucessão de casos judiciais de contornos difusos (e.g., caso Moderna, caso Fátima Felgueiras, caso da Ponte Hintze Ribeiro, etc.) que, para bem da consciência colectiva, deveriam revestir-se de um manto de absoluta transparência.
Ontem, Paulo Pedroso foi libertado, certamente não absolvido. Mas... Até prova em contrário a presunção de inocência do ex-porta-voz do Partido Socialista é coisa certa e verdadeira. De qualquer maneira, e para mim que não sou homem de leis (certamente não um fora-da-lei), o contrário também se aplica, isto é, o homem já não se livra da fama de pedófilo e para alguns (muitos) ele é culpado (mesmo que realmente não o seja) desse crime hediondo.
Daí advém o meu questionamento: se Paulo Pedroso for inocente (eu não sei se é, até há quem diga que o facto de se ter levantado a medida de coacção máxima, não o ilibou de nada)
quem me diz que eu, tu, tu e tu não vamos, e por sermos do Benfica ou do Sporting, Católicos ou Budistas, Socialistas ou Sociais-Democratas, ser acusados de crimes por nós não cometidos, em nome de uma guerrilha suja que visa essas (ou quaisquer outras) instituições supra-pessoais?

9.10.03

Livro Aberto

Não acham ridículo arrumarem o Francisco e o Pedro, entre outros ilustres (Eduardo Pitta, Fernando Pinto Amaral, Fernando Martinho e Eugénio Lisboa), num horário destes?Será aconselhável prescrever excelente serviço público a partir da 1h da manhã à exaurida intelligentsia lusa? Pois... Provavelmente as Lições do Tonecas são mais dignas de interesse que um conciliábulo sobre livros.

8.10.03

Aviz disse...

O papa já não é um ídolo a quem se atam as mãos e se beijam os pés, como afirmou Voltaire, antes prefigura a marca de uma humanidade difícil, alardeando o retrato daqueles que escondemos longe da vista, em lares, hospitais, na sombra, na escuridão.

O fio de Ariadne

A etimologia latina de Daedalus remete para confuso, emaranhado, labiríntico. Esclareço: aqui Daedalus remete para a fuga ao labirinto de Knossos em busca da liberdade na ponta dos dedos.

Panegírico da irrepetibilidade

Eis um dos vários clichés futebolísticos que me irrita sobremaneira: quem não marca sofre golo. Então e nos jogos que terminam empatados a zero, não há por vezes uma equipa que cria uma pletora de oportunidades de golo sem as concretizar e que, contudo, não é castigada com um ou mais golos imerecidos? Postule-se pois, emulando Jesus Cristo, leis matemáticas para a matemática e leis futebolísticas para o futebol; e dêem-se vivas ao apartamento dessas águas.
Os jogos de futebol (pelo menos os realizados no rectângulo luso) têm sempre 26 intervenientes directos (mais ou menos talentosos), mais ou menos 90 minutos de duração e, na sua orla, alguns espectadores mais ou menos bárbaros, controlo policial mais ou menos brutal e um conjunto de participantes mais ou menos excedentários, que inclui suplentes mais ou menos utilizados, treinadores mais ou menos competentes e dirigentes quase sempre deploráveis. Dentro do campo verde, nas quatro linhas (outro cliché), ganha sempre o F.C. Porto. A equipa que possui os jogadores e dirigentes mais habilidosos.
Mesmo assim, ainda não desisti de os ver perder. O irrepetível alcance das leis do futebol proporciona-me pelo menos isso. A esperança.


O nascimento do homem ou um umbiguismo disfarçado - III

Em 1987, a publicação de uma análise filogenética baseada na sequenciação do DNA mitocondrial (mtDNA) humano foi uma das primeiras tentativas de empregar a genética molecular na investigação das origens do homem. No estudo original de Rebecca Cann e colegas foram examinados 150 variantes de mtDNA em diversas populações actuais. Os autores verificaram que as populações Africanas exibem uma maior variabilidade no mtDNa relativamente a outras populações não Africanas. Na base da árvore filogenética obtida encontrava-se uma mulher, “Eva”, de origem Africana, que viveu, segundo Cann et al., há cerca de 200 mil anos. A revelação desta “Eva” mitocondrial atordoou a comunidade científica, que cedo reagiu com um tropel de criticismo. As primeiras críticas centraram-se na escolha da amostra, salientando-se o facto da amostragem Africana ser constituída, na realidade, por Afro-Americanos. Porém, a crítica mais avassaladora prende-se com o reconhecimento que a árvore filogenética publicada não revelava o percurso evolutivo mais parcimonioso.

Estudos mais recentes insistem em alardear uma maior diversidade genética dos Africanos relativamente a Europeus e Asiáticos, corroborando, portanto, a hipótese monofilética de origem Africana recente através de um evento de especiação biológica. Alguns autores, como John Relethford, argumentam que a maior diversidade no mtDNA dos Africanos se deve ao facto do efectivo populacional Africano ter sido, ao longo do tempo, substancialmente maior que o das populações Euro-Asiáticos e, que desse modo, os dados do DNA mitocondrial não favorecem nem rejeitam nenhum dos dois grandes modelos explicativos da origem do homem moderno. Todavia, outros investigadores sugerem que o efectivo populacional dos primeiros humanos modernos era muito pequeno (circa 10 mil indivíduos), corroborando, desse modo, a Teoria de Origem Única.

A amplificação de uma porção de mtDNA retirada do úmero do Neandertal de Feldhofer (holótipo da espécie) resultou numa linhagem que difere da sequência de referência humana em 27 substituições. Os humanos actuais possuem, em média, 8 a 12 substituições divergentes. Mais recentemente a sequenciação do mtDNA do fóssil Neandertal de Mezmaiskaya (Rússia), mostra que este partilha com o indivíduo de Feldhofer uma sequência de DNA mitocondrial assaz similar. O número de sequências indica que os dois indivíduos pertenciam ao mesmo pool genético e sugere que não houve contribuição, por parte dos Neandertais, para o pool de genes mitocondriais das populações humanas modernas. A recente clonagem de sequências de mtDNA de restos Neandertais provenientes da gruta de Vindija (Croácia), conjugada com os dois estudos precedentes, mostra que os Neandertais exibiam uma diversidade no mtDNA comparável à que é observada nos Africanos modernos. Releva-se também o trabalho de Adcock et al. em fósseis Javaneses, que demonstra, segundo os autores, que o Homo erectus Asiático contribuiu com algum do seu DNA para o pool genético dos Australianos e Asiáticos hodiernos. Todavia, Rebecca Cann, por um lado, e Cooper, por outro, questionam a confiança estatística da árvore filogenética, baseada no mtDNA sequenciado, apresentada por Adcock e colegas.

As evidências genéticas relevantes para a compreensão das origens do homem moderno podem ser avezadas, também, através da extracção e sequenciação do DNA nuclear (nDNA) e do cromossoma Y. Releva-se que estes dois géneros de informação genética têm indiciado uma maior diversidade nas linhagens Africanas, espelhando um período de evolução mais longo neste grupo.

Em súmula, o aumento exponencial do volume de dados genéticos provindos de pesquisas focalizadas no mtDNA, nDNA e cromossoma Y, parece suportar uma origem Africana recente, embora esta assunção deva ser efectuada com um grau de cautela reiterado, já que muitos dos indícios genéticos são passíveis de interpretações conciliáveis com a Hipótese Multirregional e com a Teoria Out of Africa.

[Continua]

6.10.03

Early morning poetry

Nothing Gold Can Stay

Nature's first green is gold,
Her hardest hue to hold.
Her early leaf's a flower;
But only so an hour.
Then leaf subsides to leaf.
So Eden sank to grief,
So dawn goes down to day.
Nothing gold can stay.

-- Robert Frost

Impedimento

Escrevo na inalcançável proximidade de uma censura. Será que quem trabalha e, concomitantemente, escreve regularmente num blogue possui um nível de produtividade laboral mais baixo que o comum dos trabalhadores? Sinceramente acho que sim.

1.10.03

Labirinto

Para quê entrar se o objectivo passa por nos perdermos nele?