Felix culpa
No Latinista Ilustre:
"Felix Culpa, ou Felix Ruina, costuma ser livremente traduzido por "Feliz Pecado", por ser relativo ao pecado original. O poema "Nothinhg Gold can stay", de Frost, é o exemplo dessa metáfora como bem sabe:
"Nature's first green is gold,
Her hardest hue to hold.
Her early leafs a flower;
But only so an hour.
Then leaf subsides to leaf.
So Eden sank to grief,
So dawn goes down to day.
Nothing gold can stay
(...)"
O termo Felix Culpa poderá vir de Santo Ambrósio mas, se o leitor assistiu à Missa de Páscoa antes do Concílio Vaticano II, poderá lembrar-se da frase notável:
"O felix culpa quae talem et tantum meruit habere redemptorum."
Ou seja, o Pecado original, a Queda, é feliz pois recebe tão grande redenção: A Encarnação de Cristo. Não sou grande teólogo, mas a ideia parece ser que a liberdade com que Deus nos criou (logo desviável para o pecado) pode também, pela Fé e as acções que escolhemos praticar, levar-nos (depois da vinda de Cristo) até à salvação.
Isto transforma a visão A.C. do pecado original como definitivo ou radical (de raíz) para mostrar a Encarnação como o ponto axial da história. Claro que a visão protestante é diferente, pois o fim é a glória de Deus (pode encontrar mais aqui).
Voltando a Frost, uma boa visão pode ser esta:
"The pattern of paradox is assured; the fall is really no fall to be mourned. It is a felix culpa and light-bringing. Our whole human experience makes us aware that dawn is tentative, lovely, but incomplete and evanescent. Our expectation is that dawn does not "go down" to day, but comes up"
Obrigado! Afinal, o leitor sou eu.
"Felix Culpa, ou Felix Ruina, costuma ser livremente traduzido por "Feliz Pecado", por ser relativo ao pecado original. O poema "Nothinhg Gold can stay", de Frost, é o exemplo dessa metáfora como bem sabe:
"Nature's first green is gold,
Her hardest hue to hold.
Her early leafs a flower;
But only so an hour.
Then leaf subsides to leaf.
So Eden sank to grief,
So dawn goes down to day.
Nothing gold can stay
(...)"
O termo Felix Culpa poderá vir de Santo Ambrósio mas, se o leitor assistiu à Missa de Páscoa antes do Concílio Vaticano II, poderá lembrar-se da frase notável:
"O felix culpa quae talem et tantum meruit habere redemptorum."
Ou seja, o Pecado original, a Queda, é feliz pois recebe tão grande redenção: A Encarnação de Cristo. Não sou grande teólogo, mas a ideia parece ser que a liberdade com que Deus nos criou (logo desviável para o pecado) pode também, pela Fé e as acções que escolhemos praticar, levar-nos (depois da vinda de Cristo) até à salvação.
Isto transforma a visão A.C. do pecado original como definitivo ou radical (de raíz) para mostrar a Encarnação como o ponto axial da história. Claro que a visão protestante é diferente, pois o fim é a glória de Deus (pode encontrar mais aqui).
Voltando a Frost, uma boa visão pode ser esta:
"The pattern of paradox is assured; the fall is really no fall to be mourned. It is a felix culpa and light-bringing. Our whole human experience makes us aware that dawn is tentative, lovely, but incomplete and evanescent. Our expectation is that dawn does not "go down" to day, but comes up"
Obrigado! Afinal, o leitor sou eu.
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