A riqueza do trabalho
Já há muito tempo que não ansiava assim o fim da semana. Pelo menos desde os tempos teen, em que o fim de semana me concedia, muitas vezes, a oportunidade rara de apreciar a cama de Morpheu até à uma da tarde. Nos idos tempos do Departamento e do Bar das Matemáticas o fim de semana podia ser, se eu quisesse (ó meu Deus como eu usei e abusei desse poder), a semana inteira: sem espaços intercalados (5 dias inteiros, pois, que hoje já ninguém trabalha somente 8 horas - 8:00h-12-12:30h/14:00h-18:00h - e o trabalho persegue a maioria das pessoas por todos os seus espaços, públicos e íntimos) de torpor forçado de actividades, manuais ou intelectuais, que visam a produtividade e a riqueza de outros que não eu. Por isso anelo pelo fim de semana. O único espaço temporal ainda meu. Sou solteiro e não tenho filhos.
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