<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

29.12.06

Greek music #twenty nine

David Bowie - Space Oddity
[may God's love be with you]

Etiquetas:

A queda

Constelação óssea em fogo, o devir aniquilado. O deslumbramento da pretensão é uma armadilha de imagens. Gosto de magoar as pessoas. Talvez não. É uma corrente unívoca mas inversa. Magoei-me. A vítima é o culpado, vejam as mulheres violadas. Uma conversa com amigos equipara-se à queca desportiva, um lanche definido à mais reles das aporias.

Etiquetas:

28.12.06

As flores que brotam da noite

Pude arrepender-me [mas não a tempo]. Havia demasiada pressa, demasiada urgência. E desregrada estimulação alcoólica. E aquele cansaço requintado de lupanar. As palavras são perigosas, depois de ditas não podem ser retiradas. Fui eu que disse isto, não me lembro quando, mas foi há pouco tempo. Claro que podemos sempre confiar no poder do palimpsesto, podemos acumular sedimentos de palavras em que as novas fazem por esquecer as antigas. De qualquer forma, entreteci mesmo um argumento. Que ficou registado. A traça e os ratos hão-de trazê-lo de novo à luz. Mas Tália perdoa o atrevimento.

27.12.06

Meme

O movimento sereno, caixotes parecidos com os do final. E a existência condensada em linhas parcas, biografias reveladas tardiamente. Lacunares, esparsas, folhas mortas que sugerem a floresta. O descaminho sobre as ruínas, pedras, oblívio: como foi outrora aquela grande cidade?

Etiquetas:

26.12.06

Restos de festividade

Talvez o poema não seja a experiência de uma palavra sobre a outra mas apenas a derradeira migalha do bolo de ontem, caída sobre os teus lábios. Um rumor de águas [açúcar] cerca os teus olhos em concha, o restolho da festa sussurrando ainda um adeus temeroso ao que foi. Tudo tão denso – tão cheio –, a incontida finalidade de um tupperware de cor igual à tua.

Houve uma fogueira que durou três noites

O nosso Natal é diferente. Não é melhor nem pior. Não é igual ao teu, de certeza. A cinza é especiaria, o Pai-Natal é apenas um gordo foleiro, come-se chouriço e pão congelado, bebe-se Sagres, exalta-se o lírio, o sobro confunde-se com o eucalipto, uma noite sofre-se inteira. Não é igual ao teu.

A not to short reprise for the benefit of her: anamnesis of the year 2006

i'm cool. i'm gonna be fine. there is a girl - from the outer space, very far in Cassiopea - who once said that i look like a white, dazzling horse, doing emotional jumps near the sea. yeah. that's me. that's really who i am. a fucking white horse doing something near the sea. sometimes it's better to get drunk and forget that everything is allright. but not allways, you must understand. coolness is not a state of mind, is a state of permanent struggle. maybe you'll understand, just maybe. cos' everything makes sense in the light of evolution. we evolve, man! that's right. from apes to angels, we evolve. my embodiment of a loosen idea: just small talk. what a hell! growing is a dirty job. nobody wants to do it anymore. why should i? no ones knows i'm a liar. but i am. i am a liar. ask foucault.
life sucks. that's a fucking fact. i am weird but i like the way i am. some people like me in spite of my proclivity to the ordinary of life. i like those things people usually hate. you know, huh, when you say a bad word just because? that's it. that's who i am. a bad worder. some people like me in spite of that. they even say to me, sometimes, "i love you, prick". i used to laugh on that, i tried to put my atention on the simple fact that someone living, someone not very stupid, loved me, but i couldn't. i was too cold. too far from this stupid life. and then again i was right. i was allright. maybe i will love myself and those who love me. but only those.

24.12.06

It's Christmas time [and I love it]

[Sandro Botticelli, Nativity, c. 1500, The National Gallery, London]
E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber.
[Lucas 2:15]
...and also a very good Hanukkah for all!

22.12.06

Deep blue

Às vezes parece que te fixas nas tuas palavras, te enrolas nelas, as penetras e tudo o resto não interessa.

180

É mais difícil quando não és da banda dos Montecchio. A máscara de baile é apenas um rosto sobre outra máscara. É mais difícil, repito, mas não impossível. O olhar demorado supõe a aporia. E as palavras, antes de nós, abraçam-se e aceitam-se. Da vingança, o olvido. Significativo. Já não há dor nem desejo. Um olhar vagaroso, inextinguível, quase ousado. Palavras, a epifania da conivência. O conhecimento de Esparta, os 300 de Termópilas. O signo, a metonímia no derradeiro sorriso. Como se fosse a primeira vez, foi. A obrigatoriedade de esquecer as ruínas por onde te moves. A criação de sentido.

21.12.06

Estéticas da morte #quinze

Acordou com o espanto, a voz alterada, moída. Uma babel de linho e têxtil desconhecido em redor da cama – não era dado à depreensão fácil da realidade. Ainda experimentou a sede e o mijo solícito do Inverno. Foi com pressa, julgou. Um instantâneo entrechocar do líquido com o sólido. Permitiu-se novamente ao sono, um pouco mais de renúncia. A mente pervagou por ali, ainda, solicitando a cada canto do quarto uma nesga do devir. Mas por pouco tempo. Os dois sinos da igreja dolentemente anunciaram a sua morte.

Etiquetas:

A noite

Não há palavras suficientes para consentir o desespero. As ruas são diferentes e imperceptíveis mas na sua distância os passos que as correm são rumores de existência.

19.12.06

Sítio de livros

A Almedina do Estádio é a melhor livraria de Coimbra. Por todas as razões. E mais uma.

The value of friendship

Não é desilusão ou aporia, talvez ressentimento. Daí Derrida e The politics of friendship.

Greek music #twenty nine

Bloc Party - The Pioneers
[If it can be broke then it can be fixed]

Etiquetas:

Who cares?

Aquário é o 11º signo do zodíaco. Os aquarianos são estranhos e gostam de ser assim. Estão sempre a sonhar e adoram fazer planos, quebrar as regras e conhecer novas pessoas. São bastante liberais. Têm poucos inimigos e muitos amigos. Não se preocupam com o que os outros possam pensar deles. São um pouco cabeças no ar. Apesar de serem bastante individualistas, gostam de trabalhar em grupo. Os nativos deste signo necessitam de espaço mas o amor tem um grande significado nas suas vidas. Aliás, quanto mais espaço tiverem mais fiéis serão. São o signo do amor fraterno. Principais características: independente, intenso, intelectual, revolucionário.

Etiquetas:

18.12.06

Frases do mal

De vez em quando uma mulher sai do bordel para a corte.
[Luís Januário, A Natureza do Mal]

...ou um eucalipto à beira da estrada


[Algarve, Agosto 2006]

A malta da FHM não sabe, nem tem que saber. Mas, embora eu não pretenda o reconhecimento abismado dos leitores, tenho que dizer que o reles instantâneo é obra minha e não de um tal de Diogo Vasconcelos. As minhas desculpas ao pessoal que só queria ver as donzelas semi-nuas.

Etiquetas: ,

16.12.06

Morreram pela pátria

Em 18 de Julho de 1600 Don Luis Henríquez proferiu o acto de povoamento da Villa de Zipaquirá, uma das cidades mais antigas da Colômbia. Mas isso não interessa nada. Nem, de resto, o que vou referir de seguida, senão a mim. Em 3 de Agosto de de 1816, durante a Guerra da Independência, foram fuzilados na praça da Villa os chamados Mártires Zipaquareños: Agustín Zapata, Luis Sarache, José Luis Gómez, José María Riaño, Nepomuceno Quiguarana e Francisco Curate.
Morri em 3 de Agosto de 1816. Eu era índio e pai de família.

15.12.06

Carolinas do mundo

No primeiro fim de semana juntos [...], pensou que dormiriam em quartos separados. E ela que até tinha comprado um pijama com elefantezinhos.
[Visão, n.º719, 14-20 Dez 2006]

Devaneio em episódios de poucas palavras

Esta é a festa. O sabor desencontrado. Quem foi o último a desesperar? Um dia serás tu, como já foste um dia. Um tremor de mãos, as letras trocadas. Desengano. Espinha comprimida. A vontade íntima de morrer uma vez. Mas sem merecimento daquela. Fogo fátuo, um instante de lucidez. O regresso ao corno. Perto do ventre negro. Mas o estômago sofreu mais que o coração. A determinação é mais fraca que a vontade. Um corte atento na sedução. Foste o tijolo que quebrou a montra. Os vidros espalhados não o esquecem. Comem-se os sudários que os esperam.

Greek music #twenty eight

I'm from Barcelona - We're from Barcelona
[Love is a feeling that we don't understand]

Etiquetas:

14.12.06

Amor

Mesmo quando não sabias se era amor, eu sabia que era com amor que fazias tudo por mim.

Etiquetas:

Angina de peito

O genro estava doente. O rapaz nem sequer era mesmo seu genro, mas estava doente e ele quando foi vê-lo tratou-o assim. O rapaz gostou. Estava apaixonado, ainda.

Dr. Kartoon


A mítica livraria especializada em BD corria o risco de encerrar após o regresso de Fanny Denayer [a sua “criadora” e antiga proprietária] à Bélgica. Felizmente, o "Galinha", o Miguel, o João Miguel e o João Ramalho apostaram no relançamento da livraria. O panorama cultural de Coimbra, paupérrimo, mesmo assim teima em sobreviver à custa de uns corageous few.

A realidade imita a literatura

Frei Lourenço
Tu já deves estar familiarizado com estas tristes visitas. Trago notícias da sentença do príncipe.
Romeu
A sentença equivale à pena de morte.
Frei Lourenço
Os seus lábios deixaram cair sentença mais branda: não é a morte do corpo mas o seu desterro...
Romeu
O desterro?! Sede clemente, dizei antes a morte; porque o desterro para mim é mais terrível que a morte! Não digais... desterro.
Frei Lourenço
Tu és expulso dos muros de Verona. Tem paciência. O mundo é vasto e grande.
Romeu
Para fora dos muros de Verona o mundo não existe! Somente existe o purgatório, a tortura, o próprio inferno. Ser exilado daqui é ser expulso do mundo! O exílio do mundo chama-se morte. A expulsão daqui é a morte disfarçada; chamando-lhe desterro, cortais a minha cabeça com um machado de ouro e sorri-vos para o golpe que ma decepa.
[Shakespeare, W. Romeu e Julieta, Acto III, Cena III]

13.12.06

O gato pequenino que gostava de uma andorinha negra que gostava de um gato pequenino [prólogo]

Havia um gato pequenino que gostava de andorinhas negras. Havia uma andorinha negra que gostava de gatos pequeninos. Havia um gato pequenino que gostava de uma andorinha negra que gostava de um gato pequenino. Havia um gato pequenino que gostava de casar com uma andorinha negra que gostava de casar com um gato pequenino. Havia um corvo grande que achava que um gato pequenino não podia ser feliz com uma andorinha negra e que uma andorinha negra não podia ser feliz com um gato pequenino. Havia um corvo grande que achava que um gato pequenino não é da mesma natureza que uma andorinha negra e que uma andorinha negra não é da mesma natureza que um gato pequenino. Havia um gato pequenino que não achava assim. Havia uma andorinha negra que não achava assim. Havia um gato pequenino que gostava de uma andorinha negra que gostava de um gato pequenino.

Há alguém que acha que eles vão ser felizes se.

Etiquetas: ,

Uma máscara que cobre outra

Benvolio:
Segue o meu conselho: esquece-a.
Romeu:
E ensinas-me como posso eu esquecê-la?
Benvolio:
Dá liberdade aos teus olhos: que olhem para outras belezas.
Romeu:
Belo meio esse! para amá-la ainda mais, se a comparar com as outras?
[Shakespeare, W. Romeu e Julieta, Acto I, Cena I]

12.12.06

Valentina meets Corto

Etiquetas:

Creio

Deus escreve direito por linhas tortas.
[Provérbio popular]

Greek music #twenty seven

Nada Surf - Firecracker
[This time, the win is mine]

Etiquetas:

7.12.06

Dias

Away.

6.12.06

Estéticas da morte #catorze

O início é a morte. Leiam o Machado de Assis, por favor. O dia será solarengo. Porque é que os funerais hão-de ser sempre em dias cinzentos, frios, chuvosos? Ao longe, indefinida, ouvirei uma rapariga a cantar uma coisa esquisita - mas alegre -, qualquer coisa como: sou rica em sonhos mas pobre pobre em ouro. Haverá tristeza, pouca, mas de qualidade, camuflada pela alegria dos dias de verão. Será um belo dia, esse primeiro dia da minha morte.

Etiquetas:

Greek music #twenty six

The Ramones - Blitzkrieg Bop
[The kids are losing their minds]

Etiquetas:

Dzienkuje

Borat in the US & A


One of the most good movies of my lifes this years. Very nice! Great success!

Greek music #twenty five

[When I woke there was no-one there]

Etiquetas:

5.12.06

100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #36

De facto... Não sei porque não fiquei em casa.

Etiquetas:

Greek music #twenty four

Nirvana - Rape Me
[I appreciate your concern]

Etiquetas:

4.12.06

Comedores de alfaces

Não tenho paciência para uma boa porção dos indivíduos normalmente conhecidos como "vegetarianos" [ele há-os ovolacto-não-sei-quê, veganos, frugívoros (!), and so on]. Reformulo: não tenho paciência para a retórica jesuítica e moralista desses vegetarianos que não perdem uma ocasião [normalmente um jantar ou almoço] para nos venderem a sua superior ética de nutrição. Parece que os estou a ver, no alto de um pedestal, quase a tocar a mão de Deus, a pregar as virtudes sacras de uma simples opção nutritiva. Que é chato matar os animaizinhos, que é melhor para o estômago, que o ambiente assim não dá o badagaio, que os omnívoros são uns brutos, que eles [os vêgês] é que que são bons, etc. No passado eu ainda rebatia como podia [muitas vezes apelando a manifestas desonestidades intelectuais, para não lhes chamar outra coisa] o chorrilho de factos, números e projecções que me ia sendo apresentado. Agora calo-me, deixo-os falar, e pergunto-lhes se sabiam que Adolf Hitler [mas também Ovídio...] era um vegetariano fervoroso. E calo-me outra vez, que não se deve mastigar carne e falar ao mesmo tempo.
p.s. Nada me move contra o vegetarianismo. Cada um come aquilo que quer: uma alface, um Mac ou um balde de merda. É-me indiferente.

3.12.06

O problema do sorriso

O desmoronamento súbito do sorriso. O que aconteceu? A questão suspensa, infinita. Nenhum cientista, filósofo ou teólogo compreendeu as razões de tão inusitado acidente. Todas as investigações realizadas a posteriori não conseguiram ir além do momento observado, o momento em que o sorriso caíu, estrépito silencioso. Alguém adiantou - com pouca convicção, diga-se - que poderá ter sido alguma coisa que ela lhe disse. Ou que ela lhe recusou o coito. Ou que preferiu a novela ao futebol. Tudo isto, e muito mais, foi dito e suposto, mas nada, mesmo nada, foi provado empiricamente.
O mistério consome os derradeiros minutos dos meus dias. Nunca desistirei voluntariamente da verdade.