Restos de festividade
Talvez o poema não seja a experiência de uma palavra sobre a outra mas apenas a derradeira migalha do bolo de ontem, caída sobre os teus lábios. Um rumor de águas [açúcar] cerca os teus olhos em concha, o restolho da festa sussurrando ainda um adeus temeroso ao que foi. Tudo tão denso – tão cheio –, a incontida finalidade de um tupperware de cor igual à tua.
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