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5.10.09

República

Já não sei o que é mais bafiento: se as anuais «romagens aos cemitérios» ou se as anuais referências às ditas pelos seus detractores.

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2.9.09

Embalmed


O arroz serve-se frio. A mesa inclina-se sobre a minha boca. Um gesto de espanto (ou a dor) estremece o meu intestino. O ídolo mantém-se nos pés de ouro, revela-se no barro do coração.

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9.6.09

Mas qual papel?


(Clicar sobre a imagem)

A ver se me explico: neste momento, isto é, agora mesmo e nos próximos dias (quem sabe, talvez meses), a tese encontra-se (parcialmente) comprometida*. Gostaria de assacar com esta culpa, mas não o faço; pudera, a culpa não pode ser assacada a mim, que tenho trabalhado que nem cão deitado na palha. Esta cidade, esta universidade, meu Deus! Um papel, e o mundo cai a meus pés. Um papel, e juro que vou a qualquer sítio a pé. Um papel, porra, e uma assinatura. Já agora.

*O eufemismo vai bem com uma t-shirt preta.

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3.6.09

Sphinco Andro

As águas tardias pertencem aos deuses - o desconforto da omnisciência. Uma promessa em devir.

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12.5.09

Um jogo de tabuleiro

Sob os pés, uma mesa de pó; ao longe, flores encarnadas - talvez papoilas. A mão reage no indefinido rumor das ausências: a falta que um roque faz. Concentração, destemor, avanço (um grave erro entre parênteses). Espera: desilusão. Rei caído. Um gole tremido de Sagres. A normalidade da restituição.

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1.5.09

Dos leitões

Criado embora com educação e esmero no vestir, maus e tortuosos são os meus pensamentos; se me permitem a auto-depreciação, direi até que são um pouco imbecis. O problema, que partilho com outras personalidades, que não apetece nomear, até porque não sei o nome da maior parte delas, e mesmo que soubesse não lhes faria esse favor, terá sido porventura uma pouco estrita educação católica, enconada por excessos farisaicos e laivos mal resolvidos de protestantismo. Ainda assim, não posso deixar passar em claro o viçoso caos que manieta, como se fosse carcereiro antigo, a «mídia» nacional, estripada por «suposições» de gripes, correndo atrás desses fantasmas como se por acaso eles até existissem. Isto dito, não há alguém que mate aquelas gajas bronzeadas que chegam à Portela de sombrero a tapar os cornos?

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30.4.09

Paracuca


(O corpo que eu adoro ler)

Um ano de Paracuca (não sei o quê envolvido em não sei quantos), um ano de partilha, um ano de amor.

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29.4.09

Pele dourada

Jesus, Maria e José em fuga; no Egipto, a salvação. Talvez. Essa história cultiva-se de longe. Preferem-lhe o alcatrão cintado da A1, o empregado gárrulo e a tábua avinagrada, melancólica. É uma questão de porcas e de seus amados filhos. Depois de mortos, enchem-se ainda de vida, de paus pelo cú acima, e de ervas aromáticas. A inconsciência dourada da pele, os pêlos comidos na efervescência dos lumes. A gripe é uma metáfora de morte e o leitão uma desculpa perfeita para sermos cristãos.

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22.4.09

O solinho da tarde

A culpa é a pré-condição possível da redenção.

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20.4.09

Pedagogia

Agradeço a quem de direito - mas a vida é mais que reconhecimentos públicos e simplicidades de ocasião. Em terra de cegos manda quem tem bengala.

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9.4.09

Manifesto

Interessa-me a memória, não a recorrência patológica do passado.

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16.3.09

Submissão à barbárie

Refiro-me à meteorologia: o sol é o pior inimigo da civilização, dos feitos espalhafatosos dos homens.

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3.3.09

Pessimismo antropológico

Na sessão de ontem de Os Livros Ardem Mal, Osvaldo Silvestre relembrou a ditosa sentença de Eduardo Galeano, «Deixemos o pessimismo para dias melhores»; um sorriso embaraçado permeou o foyer do TAGV (eu reparei nisso), acomodou-se habilidosamente em quase todas as fisionomias presentes (algumas bonitas, mas poucas) e, finalmente, deu lugar a uma certa incompreensão – eu diria mesmo obtusidade – dos circunstantes. Silvestre (um «moderador cultural» perspicaz e incisivo, como não há outro neste país), concentrado em Mário de Carvalho, o «seduzido» de ontem, não terá percebido o conseguimento ontológico da sua rememoração, e a sua importância: afinal, o pessimismo é algo que nos assinala e distingue enquanto humanos (é terrível sabermo-nos mortais). Não o esqueçamos: «A natureza humana não suporta tanta realidade». A inflexibilidade poética de Quintais (um auto-reconhecido «pessimista antropológico») recusa, de certo modo, Galeano, e coloca o tom nas fragilidades do nosso córtex reptiliano. No fim do dia somos apenas macacos depilados, assustados com a possibilidade (com a certeza) da morte.

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2.3.09

Remorso do homem português

No banco do IC, treslendo o jornal do companheiro do lado, agarro a estúpida franqueza destas palavras (cito sem grande fidelidade, mas o sentido é este): «Se tivéssemos sido nós a ir à lua não tinhamos deixado só umas pegadas». Gaba-te cesto... O meu pai espera-me na estação. Afectos e cumprimentos (trocamos beijos). Depois, as mortes: o João Caneiro (rapaz de «cinquenta e um», como o meu pai) e o Nino Vieira (o meu pai «combateu» na Guiné-Bissau). «Vou» online: morreu, sim, nada a fazer; nas ruas de Bissau, calmaria - e alguns, poucos, tiros. Penso em Angola, em Moçambique, em Timor, na Guiné outra vez. «Se tivéssemos sido nós a ir à lua...» Não quero pensar nisso: «The horror! The horror!»

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28.2.09

The Rostov-Lysenko syndrome

O homem iluminado (his arms like golden cartwheels*) dormiu enfim, duas noites lentas de sono e não mais. O sono (e talvez o tempo) é a medicina exclusiva dos sentimentos. O homem iluminado (his head like a spectral crown*) preferia sentir pena, ou ódio, alguma coisa que se visse (sentisse), mas não sentia nada, apenas a escuridão vazia do olvido – hão-de perdoar-lhe por isso. Hão-de entender isso: não queria saber de vocês, não vos conhecia sequer. Aniquilou cada um de vós em cada um dos seus neurónios. Suprimiu essa estranheza em si: a ferida que vos descrevia, que era a vossa carne inteira. O homem iluminado (we now know that it is time which is responsible for the transformation*), homem sem remorsos e grato pela farsa da vida.

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24.2.09

Arte da suspeita

É preciso suspeitar - disse Ambon -, suspeitar a toda a hora, mas sem perder demasiado tempo com isso.

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18.2.09

Rampjaar


Jan de Baen, c. 1672–1675, Corpses of the De Witt Brothers, Rijksmuseum, Amsterdam)

É impossível incriminar estes corpos ou ter como verdadeira a sua traição - mas olhai o seu irreversível destino, a sua humilhação eviscerada e póstuma. Dos irmãos De Witt dizia-se muito, mas nem tudo seria verdade. Sabeis como eles eram, revoltos e distantes, ocasionalmente secos, levados em ombros largos, penachos de guarda nos enxaiméis de Westminster e Breda - sempre pela República, pela Holanda, por algo mais que a aragem despreocupada da noite.

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12.2.09

Pausa


(Rembrandt van Rijn, 1662, The Syndics of the Amsterdam Drapers’ Guild, Rijksmuseum, Amsterdam)

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8.2.09

O diabo e a carne

A perda é um fim de mundo, descrita como a história possível que deixou de o ser. Aquiles deste lado da muralha há-de surgir e desbaratar o que resta de um sonho - não esquecereis, de resto, que sou loiro como o Pelida.

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7.2.09

Yours very sincerely

Every action has a consequence.

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