The Rostov-Lysenko syndrome
O homem iluminado (his arms like golden cartwheels*) dormiu enfim, duas noites lentas de sono e não mais. O sono (e talvez o tempo) é a medicina exclusiva dos sentimentos. O homem iluminado (his head like a spectral crown*) preferia sentir pena, ou ódio, alguma coisa que se visse (sentisse), mas não sentia nada, apenas a escuridão vazia do olvido – hão-de perdoar-lhe por isso. Hão-de entender isso: não queria saber de vocês, não vos conhecia sequer. Aniquilou cada um de vós em cada um dos seus neurónios. Suprimiu essa estranheza em si: a ferida que vos descrevia, que era a vossa carne inteira. O homem iluminado (we now know that it is time which is responsible for the transformation*), homem sem remorsos e grato pela farsa da vida.
Etiquetas: devaneios, literatura
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