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31.5.07

Nesta cidade onde fomos jovens

Perante um céu de lágrimas, resigno. Não sei bem o que faz rodar o mundo por estes dias. A minha natureza impele-me à submissão, qualquer coisa serve: o dinheiro, o trabalho, o amor, a oração, a leitura dos clássicos. Por isso ando cansado e quase sem vontade; diria melhor, cansado e assemelhado a ignavo autómato. Ignavo, para quem não saiba, descansa mais ou menos para o final da sinonímia de indolente. Acrescento, a medo, que continuo [muito] cabotino. Presunção e água benta; comigo é muita da primeira e pouca desta última, que dos padres fujo a sete pés, como o diabo foge da santa cruz. Resigno, pois, no meio da chuva. Os olhos são demasiados para mim, vêem muito, quando eu quero ver pouco e reparar ainda menos. Para não saber o que faz rodar o mundo. Um dia de tartarugas. Cascatas delas, palettes delas, como dizia o outro que morreu e ainda não sabe. Estupidez infinita, talvez não tanta, mas muita. Ainda assim.

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Flores amarelas

Um dia, ouvi o seguinte:
- Estas flores dão cheiro; aquelas ali não, são amarelas.
Só então me lembrei que era o dia de corpus christi.
E não pedi nenhuma explicação.
[Ruy Belo, Homem de Palavra(s), pág. 107]

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30.5.07

Greek music #fifty three

Annie - Heartbeat

[Feel my heartbeat]

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29.5.07

Everything is fine

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Finitude


[José de Ribera, El patizambo, 1642, Oil on canvas, 164 x 92 cm, Musée du Louvre, Paris]

Quem se ri de quem? Há um riso terrível - de morte - que se protrai ao longo do pé aleijado. Um júbilo de desesperança, uma alegre melancolia. O rapaz, e Ribera, sabiam que se pintava, não um retrato, mas uma natureza morta.

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Casino da Figueira

Às 22:00h. Nas slots? Não. No Salão, para ouvir José Pacheco Pereira em mais uma Tertúlia do Casino.

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Uma citação quase sempre se adequa a alguma coisa que acontece

Nada convida tanto a aproximar de uma criatura como aquilo que dela nos separa; e que barreira mais intransponível que o silêncio?
[Marcel Proust, Em busca do tempo perdido: o caminho de Guermantes, pág. 117]

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28.5.07

And now for something completamente diferente

100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #45

Se as leis fossem as de Deus, se o mundo fosse um lugar justo, se fosse eu que mandasse, a taça é que beijava - com amor e lascívia, porque não? - o levezinho.
[A minha avó bem me dizia que era o Edson (sic) ou o Ranholli (sic) que marcavam]

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Greek music #fifty two

Vários - Fogo do Leão
[Somos nós quem veste a cor do campeão]

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25.5.07

Penas e caranguejos


This is a piece of a fallen god.

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Branco

O teu corpo é de amanhãs cobiçados, de lágrimas roladas na areia dos olhos - um cemitério ornado entre a melancolia e o desejo. Do corpo a vida disse pouco, moscas em cascata adiada. Dele foste o descanso das tardes e a cor estival dos trapos, um engano cantado. A pele ardida nos suspiros, a água parada no toldo e na madeira: o que protege e o que ampara. Um cavalo, uma hora, uma coisa qualquer.

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24.5.07

Sardas

Nome

I
Corrigi versos
e a tarde declina
agora
e tudo grita o teu nome:
II
deflagra o fruto
no chão
do quarto:
III
eu vou arroteando
o cimento
com
aras
de aço:
IV
olhos, os teus.
[Luís Quintais, Canto Onde, pág. 68]

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Bater

do Lat. battuere

v. tr.,

dar pancada em;
abater, derrotar

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23.5.07

Fields of Anfield Road



Outside the Shankly Gates
I heard a Kopite calling
Shankly they have taken you away
But you left a great eleven
Before you went to heaven
Now it's glory round the Fields of Anfield Road.

[Continua]

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Estéticas da morte #vinte e três

-Conta-me o segredo, vá lá!
-Eu conto. Mas depois vou ter que te matar.
Encostou a sua boca ao ouvido do outro. Murmúrio terno, delongado. Encostou o revólver ao ouvido do outro. Pum!

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22.5.07

Greek music #fifty one

[I entered nothing and nothing entered me]
Stephen Patrick Morrisey completa hoje, dia 22 de Maio, a bonita idade de 48 anos.

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Longe da perfeição

eu sei que. não sou perfeito. mas há. quem seja. eu sei. fiquem com toda. essa perfeição. e a monotonia. que lhe cobre a face.
há. quem goste de mim. assim. como gosto. de ser.

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21.5.07

Pureza e perigo

Mary Douglas. Antinomia da vida. Fica tudo o resto.

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O abecedário da carne

Lá fora um homem adormecido e animais doentes [que conheço e distingo pelo seu silêncio de morte] hão-de um dia ser como eu - esquecidos sob o cimento aplainado dos corredores. A nossa pele cheira a água de charco.

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100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #44

Até sinto vergonha: no fundo, feliz com o segundo lugar. Advém isto da perene descrença e de muitos anos a celebrar o fracasso. O futebol do Sporting é como a literatura de Beckett.

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18.5.07

O rei, outra vez

O Ministério da Cultura e a ministra da tutela, Isabel Pires de Lima, não autorizam a abertura do túmulo de D. Afonso Henriques, no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra. Os elementos que constituem a Comissão Científica de aconselhamento da Ministra da Cultura decidiram, em voz única, que os riscos de abrir o túmulo ultrapassam os benefícios que daí decorreriam. Uma decisão clássica, a opção pelo deixa estar, não mexas que podes estragar. Na realidade, uma decisão que apenas reflecte incidentalmente o imobilismo que perpassa a política cultural do ministério. Entretanto, Eugénia Cunha e a reitoria da Universidade de Coimbra vão contestar a recusa e, na próxima semana, vão enviar à ministra da Cultura uma contra-argumentação ao relatório da Comissão Científica com argumentos de natureza técnica, científica e arqueológica que, no juízo da antropóloga, legitimam o projecto.

No estudo da variação a partir de restos esqueléticos humanos a utopia é admissível: visibilizar o passado, resgatando as memórias incrustadas nos ossos que, metonimicamente, possuem uma relação objectiva, de contiguidade, com a realidade que foi – neles se conserva um vestigium vitae, um resquício de vida.
Os antropólogos não revolvem o passado e os seus despojos por anódina nostalgia ou patológica necrofilia, mas porque sabem que alguns aspectos pretéritos podem ser recuperados das furtivas reminiscências que os ossos em si cumulam. [para o Luís Januário, com um abraço]
[Dois excertos da minha tese de mestrado, em que fui orientado pela professora Eugénia Cunha. A professora orienta actualmente a minha tese de doutoramento.]

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Ligação

Desconforto e glória ao pai. Seria fácil proceder ao desmantelamento da rede. Bastava um telefonema, GNR, sim senhor. Nunca me passou pelas mãos tal ideia. É deixá-los andar. Enquanto brincam com o fogo não hão-de deitar fogo a nada sério, consagrado. Pelo menos deixam a igreja e a junta em paz. Do resto, népia, não quero nem saber. Que queimem tudo, que acabem com tudo, que fodam tudo. As eiras, o palheiro, as casas, as velhas, as novas, a puta que os pariu. Não estou nem aí [pronunciar de forma abrasileirada e a cantar, repetir duas vezes]. Já estou velho e só me resta a dignidade de mijar e cagar sozinho. Às vezes, nem isso. Tem que me ajudar a Celeste, essa depravada que só quer brincar com o meu pirilau enrugado. Coitadito, nem com uma grua lá vai. Teve o seu tempo. Ou não, se teve foi há tanto tempo que eu já nem me lembro. Há-de ter tido: três filhos, alguém os fez. A verdade é que eles não são muito parecidos comigo. Feios como a mãe. E burros, burrinhos, asnáticos dos costados todos. Neste particular tenho que ser sincero, saíram, e bem, ao pai. Mas esse, se calhar, não sou eu. Eu só os criei. Disso não me livrei eu, rico pai que hás-de estar no céu. Já estou velho, eles que se fodam. Vou telefonar agora se tiver forças para me levantar da cama.

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A rapariga mais feliz do mundo

Havia a rapariga mais triste do mundo, às vezes ainda há, não tenhamos ilusões, mas não é dela que eu quero falar. Eu gostava de falar da outra, da rapariga mais feliz do mundo. O problema é que não há muito para dizer sobre ela. Ela é feliz e isso basta-lhe.

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17.5.07

Avatares de desejo


[Laetitia Casta]
Vê se te avias. Que é como quem diz: chega-te à frente, nem que para isso tenhas que chegar uma cavaca ao lombo de alguém. O Bruno pede, o seu desejo é uma ordem. Estou aqui para isso, para ser solícito e desvelado. Isto dos jogos e dos amigos é um grande anel de fogo. A partir de agora é mesmo assim, meninas e meninos: Ven der putz shteht, ligt der sechel in drerd.

[Penelope Cruz]
1. Laetitia Casta
2. Mónica Belluci
3. Penelope Cruz
4. Audrey Tautou
5. Holly Valance [Nika Volek, Prison Break]
6. Alexandra Lencastre
7. Kristin Kreuk [Lana Lang, Smallville]
8. Willa Holland [Kaitlin Cooper, The O.C.]
9. Kirsten Dunst
10. Gemma Atkinson

[Kristin Kreuk]

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16.5.07

Haec Helena

1. Helena Roseta aparece enfim como a salvadora da pátria, ou melhor, de Lisboa. São muitos os que já entoam as costumadas loas - acríticas, levianas - à actual bastonária da Ordem dos Arquitectos. O programa de Roseta candidamente reclama, como seria de esperar [tal é a força da demagogia e do populismo], a demolição do atávico "aparelhismo" e do tenebroso e nunca desconstruído "sistema". Onde, e só por um mero acaso, a arquitecta se move a seu bel-prazer - e dele desfrutando - há tantos anos. Demasiados. Na direita e na esquerda, adstrita aos "aparelhos" ou como independente, fora e dentro, Helena Roseta parece deslocar-se na política de acordo com a direcção do vento e dos seus interesses pessoais. Perpassa nesta candidatura um álacre odor a hipocrisia. É mau agora o que antes era bom e nos servia tão bem, apetece dizer. Claro que só o diríamos se fôssemos Helena Roseta.
2. Com a maior das benevolências concedo a Sá Fernandes o vero estatuto de independente. Ele, e só ele de entre todos os putativos candidatos à CML, não viveu nunca no âmago do "sistema". Mas tem tramado o Sporting, recidivamente. E só isso diz muito acerca de um carácter.

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Cidade Proibida


Infelizmente não poderei comparecer [hoje, Fnac do Chiado, 18:30h] ao lançamento de Cidade Proibida [ed. Quid Novi], o romance seminal de Eduardo Pitta. Deletreei as letras primeiras do romance no Miniscente, do Luís Carmelo; com ânsia espero o livro nas bancas e a leitura da narrativa restante. Muitos parabéns, Eduardo.

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Greek music #fifty

Ena Pá 2000 - És Cruel
[És obtuso, lavas a tromba com água do Luso, o teu nariz é como um parafuso, és tarado]

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Mal empregadinho #dois

O burro, velho e farto de anos, ainda tentou falar o árabe mas morreu logo depois de aprender a escrever o alif.

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15.5.07

Greek music #fourty nine

[I'm staring at the asphalt wondering what's buried underneath where i am]

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Mal empregadinho

O lavrador semeou ventos e colheu tempestades que ninguém quis comprar, nem os vizinhos novos, esquisitos, que eram doutores e só comiam seitan e tofu.

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Mémé é o que os miúdos na minha terra chama[va]m à ovelha

O meu amigo António Calheiros achou por bem ludibriar-me com amansadora brincadeira, induzindo-me a botar faladura sobre não sei o quê da informação, do conhecimento e da palavra. Ou como prosaicamente lhe chamou, o meme. A frase que vou partilhar é um velho provérbio judeu, referido por Philip Roth em O complexo de Portnoy [pág. 140 na edição da Bertrand]. Vai em iídiche no original: Ven der putz shteht, ligt der sechel in drerd. A tradução aproximada é... Procurem, ora essa!

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14.5.07

Estéticas da morte #vinte e dois

Há qualquer coisa que nos distancia, irmão. Os dias longos que se pressentem na tua cauda de sorrisos. Uma pedra [branca] sobre o assunto. Um nome que não o foi nunca. Acompanha-te o marulhar do riso, o enjoo da felicidade. Nasceste como eu, das profundezas aquáticas de um ventre, mas soubeste aproveitar a secura do que veio depois. Eu não. Deixei-me levar às 22:43h, a confiar no relógio do Dr. Fausto Cancela, cinco minutos depois da mamã te olhar pela primeira vez e te chamar Pedro, irmão de Paulo, nascido morto.

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100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #43

Não só não vamos ser campeões como ainda vamos perder o segundo lugar para o Benfica. É sempre assim, são muitos anos disto. Não há desilusão quando a expectativa não existe.

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13.5.07

Cansaço

Verto as lágrimas para um copo que amanhã beberei sedento.

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10.5.07

Random soundZ

Divertimento barato e simples. Ingénuo. Como eu gosto, como vocês gostam, assumam lá. Assim:

1 - Pôr o Windows Media Player no modo aleatório
2 - Premir "seguinte" [Ctrl-F] para cada pergunta.
3 - Usar o título da música como resposta a cada pergunta, mesmo que não faça sentido e sem fazer batota!
4 - Com as respostas, fazer os próprios comentários em relação às perguntas e às respostas.

1- Como te sentes hoje?
Muse - Bliss
Com toda a paz e alegria que me puderem oferecer.

2 - Vais ser alguém na vida?
Ben Harper feat. Pearl Jam - Another lonely day
Mas... Sozinho?!

3 - Como os teus amigos te vêem?
Dead Can Dance - Orbis de Ignis
Negro, melancólico.

4 - Vais casar?
The Decemberists - Shankill Butchers
Acho que não. Eles, que até eram bons rapazes, querem matar-me.

5 - Qual é a música do teu melhor amigo?
The White Stripes - We're going to be friends
Já somos. Havemos de continuar.

6 - Qual é a história da tua vida?
Ramones - The KKK took my baby away
Job 1:11

7 - Como é que foi a escola secundária?
Television - Careful
Porque os adolescentes não inspiram confiança e normalmente têm borbulhas.

8 - Como é que podes ir adiante na vida?
Ali Farka Toure - Yer Mali Gakoyoyo
Sem dúvida!

9. Qual é a melhor coisa nos teus amigos?
Sex Pistols - Seventeen
Gostam de sexo com miúdas de 17 anos enquanto lhes apontam uma pistola à cabeça?

10 - O que é está "in" esta semana?
The Postal Service - Brand new colony
Cheirosinha.

11. Como é a tua vida?
Bryan Adams feat. Sarah McLachlan - Don´t let go
Como é que isto veio parar ao meu Media Player?!

12 - Que música vai tocar no teu funeral?
Richard Cheese - American Idiot
Não sou americano.

13 - Como é que o mundo te vê?
The Cramps - Human fly
Bzzz-bzzz.

14. Vais ter uma vida feliz?
Irmãos Catita - Menina tatão
Basta ter discos e concertos do Manuel João.

15 - O que é que os teus amigos REALMENTE pensam sobre ti?
Yeah Yeah Yeahs - Gold lion
São tão queridos... Chuif...

16 - As pessoas têm inveja de ti?
The Cure - Cut
Corta essa.

17 - Como te podes fazer feliz?
Blonde Redhead - Violent life
Queres andar à porrada? [a imitar o Ricardo Araújo Pereira]

18 - Com que música farias um striptease?
Interpol - Not even jail
É mais assim: nem sob ameaça de prisão.

19 - Se um homem numa carrinha te oferecesse um doce, o que farias?
Arctic Monkeys - Scummy
Nunca aceites doces de desconhecidos. Podem ter droga.

20 - O que é a tua mãe pensa de ti?
Arcade Fire - Rebellion [lies]
Um rebelde e um mentiroso. Oh, quase todas as mães pensam isso dos filhos.

21- Qual é o teu segredo mais escuro e profundo?
Spacemonkeyz vs. Gorillaz - Punk [De-punked]
Eu gostava de ser punk mas nunca tive pommodoros para isso.

22 - Qual é a música do teu inimigo mortal?
Morphine [All wrong]
És um triste. Errado até à medula. Queres ser meu amigo?

23 - Como é a tua personalidade?
Leonard Cohen - Lady midnight
Muito feminina!

24 - Que música vai tocar no dia do teu casamento?
Nirvana - Even in his youth
Ui ui! A minha banda favorita!

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100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #42

O Sporting e os seus adeptos, lisboetas ou não, são certamente filhos de um deus menor. Mais uma vez foi adiada a votação do loteamento dos terrenos do clube por parte do executivo camarário. Na reunião ordinária da CML de ontem estava prevista a discussão da proposta, mas o Partido Comunista propôs o seu adiamento, que foi aprovado com os votos de toda a oposição camarária. A polémica em torno do loteamento foi desencadeada no início de Abril, quando José Sá Fernandes ameaçou apresentar uma queixa-crime no Ministério Público se o Município de Lisboa aprovasse o loteamento.
Não sou de Lisboa mas, se fosse, certamente não ia votar no Partido Comunista ou no Bloco de Esquerda. E nem quero saber se as razões de Sá Fernandes ou do PC são plausíveis. O que sei, para todos os efeitos, é que o Sporting foi mais uma vez prejudicado gravemente. E quando o Sporting entra em liça, meus meninos, quero lá saber das esquerdas ou das direitas.

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9.5.07

Salomão, rei

Guardou as coisas com cuidado, eram valiosas. Tinha-lhes muito gosto, como se dizia antigamente. Achava aqueles desenhos - coloridos, uns, ascéticos, outros - de uma beleza incomensurável, arte mesmo arte, como aquela de Bosch e Tintoretto, de Verrocchio e Pieter de Hooch. Digna de um Louvre. Havia quem não gostasse mas, se pensarmos bem, é sempre assim: uns gostam, outros não gostam e o mundo lá continua, à roda do sol, completamente indiferente a essas minúcias da vida. É como uma toalha no meio da tempestade, podia gritar - se pudesse - que ninguém a ia ouvir.
Salomão despertou: foi um sonho.
[Reis 3:15]

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Madeleine e o circo

Muito se tem falado sobre o desaparecimento da pequena Madeleine McCann. E como é normal nestes casos, pouco do que tem sido dito vale alguma coisa que se veja. Não tenho, obviamente, a pretensão de acrescentar algo transcendentalmente positivo e frutífero à ampla e estéril discussão que grassa por todos os aparelhos de TV deste país; não obstante, e apesar de estar farto do assunto, gostaria de fazer duas ou três breves considerações.

1. Agonia-me de morte a culpabilização dos pais de Madeleine que vem sendo feita de forma sistemática em quase todos os jornais e telejornais. É óbvio que os pais foram negligentes mas quem nunca o foi? A recorrência de culpabilização das vítimas [sim, porque os pais da pequena inglesa são vítimas] em concomitância com toda a panóplia argumentativa usada pelos guardiães da moral e das boas formas de actuação parental [os psicólogos e os seus truísmos] é própria de um país sem auto-estima, que olha o infortúnio do Outro [o estrangeiro frio, sem coração] apenas como forma catártica de exorcizar os seus próprios fantasmas.

2. A actuação da polícia, por outro lado, é substruída por uma espécie de subserviência milenar dos coitadinhos relativamente aos poderosos. Fosse Madeleine de Cabeceiras de Basto ou da Papua Nova Guiné que as autoridades policiais não seriam mobilizadas da forma como foram. Se nos tomam por palonços é porque parecemos palonços, não porque o somos realmente. Logo, senhores polícias que aparecem nas conferências de imprensa: abstenham-se de afirmar à tripa forra que noutros casos similares foram usados meios similares. Tretas.
3. O país está refém de um jornalismo rapace, necrófago. São centenas de horas de emissão nas televisões e milhares de páginas nos jornais que não mostram e não dizem absolutamente nada de relevante, que se movem em círculos em redor de um caso que, para todos os efeitos, ainda não existe para além do - facto vero - desaparecimento de uma criança. O objectivo único é incendiar e traumatizar, quebrar as parcas referências de sanidade que algumas pessoas teimosamente mantêm.

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8.5.07

Greek music #fourty eight

Cypress Hill - Insane In The Brain
[A nigga like me is goin' insane]

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7.5.07

Pedantismo

É o nome que me arrepia, é o nome.

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100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #41

PROMESSA AOS PACENSES
To: Associação Empresarial de Paços de Ferreira

Os subscritores desta petição prometem: Caso o FC de Paços de Ferreira ganhe ao FC Porto e o Sporting se torne campeão nacional, só comprarão os seus móveis em Paços de Ferreira e não voltarão a entrar numa loja IKEA.

Sincerely,

The Undersigned

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A democracia não é perfeita mas até hoje ninguém inventou nada melhor

O mais fácil é vestir uma capa de hipocrisia e criticar o parco entendimento democrático, a pouca inteligência e a falta de pommodoros dos portugueses da Madeira. Puxa a vida, era tudo tão simples se o mundo fosse: ou preto ou branco. É que assim não dá, aquela gente não entende. Trinta e tal anos disto e eles não atingem que o senhor da foto não é para ser levado a sério.
Mas eu acho que é. Sinceramente. Apesar de tudo, goste-se ou não, o senhor não é um ditador: ali o sistema democrático tem os seus tiques, as suas falhas, mas ainda assim rege-se pelas leis da República Portuguesa e estas implicam a democracia. A Madeira é uma ilha mas é uma ilha que não é Cuba. Os burrinhos madeirenses podem votar em quem querem. Mesmo que não seja o candidato dos inteligentes do continente e do Daniel Oliveira.

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Barra negra

Ao pronunciar o nome de um morto estou, de certa forma, a convocar parte da sua existência. O nosso nome é, como escreveu Pirandello, um "epitáfio fúnebre" e todo [ou quase todo] o epitáfio se grafa com acento memorialístico. É disso que vivo, do que foi e do que um nome carrega. Do furtivo vestigium vitae. Pouco, todavia muito mais que um patronímico.

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4.5.07

Sinais dos tempos


[Marlon Brando]

Interessante e ousada a votação que aqui decorreu. Os resultados já permeiam aquelas páginas. É notável [mas obviamente limitada] a percepção que nos dá esta pequena amostra: percebe-se que homens e mulheres não têm gostos assim tão diferentes no que toca à beleza masculina. Agora, e para não haver discriminação de género, o Bruno não tem outra alternativa senão lançar mais um concurso de beleza, desta vez no feminino.
[Wentworth Miller]

A minha lista: Brad Pitt, George Clooney, Gregory Peck, Marlon Brando, Jorge Luis Borges, Wentworth Miller, Ricardo Araújo Pereira, Liedson, João Moutinho [olé, olé], Miguel Veloso.

[Miguel Veloso]

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3.5.07

Realismo mágico

Não vou falar do novo livro da Allende ou do García Marquez. Nunca li nenhum da primeira e do outro só li um, Crónica de uma morte anunciada. Não é mau, mas não é definitivamente disso que quero falar. Quero apenas relembrar os mais distraídos que hoje começam aqueles sete dias que, como dizíamos antigamente à boca cheia, valiam por dois meses nas Caraíbas. Agora não valem grande coisa, digamos que valem apenas o que valem, ou seja, sete dias de vida mais que normativa: acordar às nove, banho e dentes, pequeno-almoço, trabalho, almoço, café, trabalho, café, casa, cama. Vinte e quatro horas vezes sete disso. Não estou para fazer as contas. Antigamente é que era: dois meses nas Caraíbas, dizíamos nós.

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Greek music #fourty seven

Shitdisco - Ok
[When you find yourself In the wrong company You must remind yourself Who you'd like to be]

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2.5.07

O regresso à aldeia

1.5.07

O espelho da casa de banho

Lentamente: observo a barba crescida. Houvesse paciência e uma boa lâmina - de Albacete, como dizia o outro lá de cima - e eu recriava a face. O fascínio do espelho, não um fascínio de Narciso, entenda-se, mas um fascínio de Borges, acrescenta à realidade certas e determinadas nuances que implacavelmente se perdem no voo cansado das horas vistas de um só lado. O espelho acrescenta o outro lado, a outra perspectiva de nós mesmos. Uma vertigem somada a outra vertigem. Um corpo que reflecte o corpo plasmado no espelho. Isto para dizer o quê? Nada, talvez. Ou então pouca coisa. Apenas uma lição: tudo é hipocrisia, simulação, mentira. Tudo o que nos rodeia só existe no espelho.

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Bem-aventurados os que esquecem

As crianças, os parvos e as horas de aqui em diante esquecem depressa os hipócritas.

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