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22.6.07

Castelo proibido #dois

Se Cidade Proibida, do blogger Eduardo Pitta, é já o romance gay canónico da literatura portuguesa, Mulheres de Charles Bukowski, publicado em 1978, é um dos clássicos do romanceiro heterossexual hardcore. Sem meneios estilísticos ou concessões linguísticas, Bukowski descreve de forma grotesca as fodas, as bebedeiras, os poemas, os corrimentos, os vómitos e as festas que vão ataviando a pouco gloriosa vida de Henry Chinaski – alter-ego de Charles –, escritor perdido no meio de 17 mulheres, que ele ora fode, ora repele com caretas de enjoo. Nenhuma cedência à ternura, ao amor, à melifluidade. Em consciência é impossível a relativização, o amoralismo: Chinaski é daqueles que apenas suporta a metamorfose dos dias num mundo de papel e palavras.
[Charles Bukowski. 1978 (2001). Mulheres. Lx: Dom Quixote]

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21.6.07

Castelo proibido

Em Cidade Proibida, Eduardo Pitta pinta um retrato vívido e expressivo da homossexualidade no mundo cerrado e [apicalmente] preconceituoso da classe alta portuguesa. Numa linguagem terna e eivada de ironia, entremeada não poucas vezes de uma crueza pouco menos que licenciosa [mas em que o verbo foder, por exemplo, é usado de maneira tão normal e irrepreensível como na famigerada proposição inicial de Teatro de Sabath, de Phillip Roth: “Ou deixas de foder outras ou está tudo acabado”], Pitta sublima uma certa desesperança crescente das personagens, que culmina com o afastamento inopinado e absoluto de duas das figuras cardinais do romance, Rupert e Martim. O que era um retrato transfigura-se enfim numa natureza morta. Eduardo Pitta não se coíbe de dar um forte pontapé na barriga dos leitores, que por momentos deixam absolutamente de crer no amor, seja ele hetero ou homossexual. Nesse sentido, Cidade Proibida – que, por vezes, se torna refém de alguma normopatia e estereotipação da cena gay upper class: do computador Mac ao pólo Zegna, passando pelas leituras de Hawthorne – é verdadeiramente um romance de desencanto em relação ao amor. O que é estranho, tendo em conta o pouco que conheço da biografia do próprio autor. Pitta parece dar razão simultaneamente a Proust e a Sainte-Beuve. Uma derradeira nota. Li em simultaneidade [parcial] Cidade Proibida e The Castle in the Forest [Norman Mailer]. Em comum: a escrita elegante, o enredo cuidado. E, sobretudo, uma visão do mundo completamente apartada de maniqueísmos. Se lerem estes dois belos livros perceberão porquê.
[Eduardo Pitta. 2007. Cidade Proibida. Lx: Quidnovi]
[Norman Mailer. 2007. The Castle in the Forest. NY: Random House]

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19.6.07

Sir Salman Rushdie

16.5.07

Cidade Proibida


Infelizmente não poderei comparecer [hoje, Fnac do Chiado, 18:30h] ao lançamento de Cidade Proibida [ed. Quid Novi], o romance seminal de Eduardo Pitta. Deletreei as letras primeiras do romance no Miniscente, do Luís Carmelo; com ânsia espero o livro nas bancas e a leitura da narrativa restante. Muitos parabéns, Eduardo.

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