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18.6.09

Passeio Público

(Todos os nomes)

Sentimo-nos perdidos, desorientados. Não fugimos. Abdicamos. No dia das eleições europeias cedemos perante a indiferença (mole, ritual e estatística) que nos desafiou e venceu. De qualquer modo, o governo socialista recebeu um recado sério, perdendo as eleições para o Partido Social Democrata. O Bloco de Esquerda foi o outro grande vencedor da longa noite eleitoral. As próximas eleições, autárquicas e legislativas, serão decisivas: para os partidos e, sobretudo, para o país.

As autárquicas em Coimbra prometem ser interessantes. Na realidade, já o são – agora que começam a movimentar definitivamente nomes, desistências e promessas.

Os partidos da actual regência dos Paços do Concelho, PSD, CDS-PP e PPM, confiam uma vez mais o seu destino eleitoral ao ubíquo Carlos Encarnação. O presidente em exercício da Câmara Municipal joga as próximas eleições com vários trunfos na mão: é sobejamente conhecido pela população da cidade, sabe bem quais são os problemas do concelho, é indubitavelmente um homem perspicaz, e combate um PS em declínio devido à crise económica, o que fará os eleitores esquecerem o que de mal se tem feito na cidade.

O PS luta contra si próprio. Henrique Fernandes*, “il preferito” socialista, o único com capacidade eleitoral para ganhar (agora) a Carlos Encarnação, parece pouco seguro em relação à sua putativa candidatura. Recusando vedetismos exacerbados, o Governador Civil de Coimbra comprova a sua sobriedade democrática mas arrisca com isso alguns votos.

O BE, muito forte em Coimbra nas últimas eleições europeias, apresenta novamente como cabeça de lista a professora universitária Catarina Martins. Embora não tenha a exposição mediática de Marisa Matias, por exemplo, a candidata do Bloco sempre revelou uma capacidade de oposição e combate que, certamente, terá retorno por parte dos eleitores.

O professor Francisco Queirós, o candidato da CDU, pretende definir uma nova política urbanística, e refrear o betão que se multiplica desgovernado. Sentir-se-á insatisfeito com o trabalho realizado por Jorge Gouveia Monteiro, actual vereador da Habitação?

Enfim, uma novidade: a candidatura de um independente, Pina Prata. O ex-vice presidente de Carlos Encarnação acrescenta uma variável importante à equação eleitoral; candidatando-se contra os “poderes instalados” da cidade, Pina Prata irá naturalmente colher algum apoio entre os descontentes com o actual executivo camarário e com a oposição tradicional.
(Ontem, 17/06, no Jornal de Notícias)
*Entretanto, Henrique Fernandes anunciou a sua intenção de não se candidatar à CMC.

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7.6.09

Os grandes vencedores de hoje


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Abstenção

Não foi preciso «fazer 600 km» para votar, como o Tomás, nem sequer acordar às 6:45am, como a minha querida noiva (nem o meu corpinho, adormecido mas certamente lascivo, a demoveu dos seus intentos malévolos, e pressurosa se afastou da hipertermia do leito pré-conjugal, rumo ao Estoril votar na Ilda). Suplantei com alguma facilidade os 200 km regulamentares (o Chesterton ajudou, a antevisão das minis no frigo da Otília também) e, em grande estilo, «prantei o bóto». Fácil, muito fácil. Sentido de voto: esquerda democrática. Vocês sabem do que é que eu estou a falar.

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28.5.09

Passeio Público

(As armas certas)

Acreditamos na ciência ou em milagres, mas não acreditamos nos homens. Amamos uma aldeia ou uma rua, mas afastamo-nos daqueles que as habitam. Imaginemos que somos acareados com o desalento de uma cidade – penso em Coimbra. Avaliamos a sua direcção pelo que imaginamos dever ser sua a direcção; esquecemos a gestão própria da vida em favor da gestão apropriada da cidade. Achamos que o status quo merece a rebelião das urnas. Manifestamos o anseio pela alternativa, sem saber muito bem se a alternativa existe.

Quando, nas últimas eleições autárquicas, o Partido Socialista (PS) de Coimbra conheceu a ignomínia da derrota, a maior de sempre, julgámos que o retiro do fracasso seria proveitoso, que novos trilhos se abririam, que as novas ideias seriam acarinhadas, e que as mulheres e os homens da cidade não seriam esquecidos. Julgámos, talvez ingenuamente, que o insucesso, mesmo o mais deprimente, serviria de lição para os mais desavisados.

Aquele dia 9 de Outubro de 2005 devia determinar claramente um ponto de reinício, um desígnio de retorno ao poder, e não o apagamento autárquico de um partido latitudinário na sociologia da cidade. Naquele dia, o que parecia o fim poderia ser afinal um princípio. Todavia, o PS ainda não indicou, em definitivo, o seu candidato à Câmara Municipal de Coimbra.

Henrique Fernandes seria, não hesito em afirmá-lo, o melhor candidato, um pretendente de talentos multíplices. A sua honestidade, a sua competência, a sua experiência, a sua notoriedade junto do eleitorado e das bases partidárias traduzir-se-iam, seguramente, em votos que o PS não deve (não pode?) desprezar.

O actual Governador Civil de Coimbra será, talvez, o único homem com possibilidades de bater Carlos Encarnação nas autárquicas que se avizinham. Contudo, se o propósito socialista é preparar uma candidatura forte para o futuro, afiguram-se outros nomes, de inabalável prestígio, para a dura liça: João Vasco Ribeiro, Fernando Regateiro, ou Mário Ruivo. E, também, o valoroso delfim de Henrique Fernandes, Paulo Valério. A sua juventude não rima com inexperiência, e o futuro há-de ser agora.

A verdade é que o PS de Coimbra já tem um candidato, mas Vital Moreira pensa na Europa e não em Coimbra. Contas de outro campeonato. Antes de mais, é necessário encontrar as armas certas para a batalha que mais nos interessa.
(Ontem, 27/05, no Jornal de Notícias)

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31.1.08

John Edwards

John Edwards afastou-se da disputa para a nomeação do candidato democrata às eleições para a presidência dos EUA. As propostas do ex-senador da Carolina do Norte eram, relativamente aos projectos e concepções políticas de Barack Obama e Hillary Clinton, as que se dispersavam de forma mais explícita na paisagem ideológica da esquerda. Por isso, e apenas por isso, Edwards era o meu candidato preferido. Muitos apoiam Obama só porque é negro (de acordo com o maradona, Barack Obama podia também ser o primeiro presidente branco do Quénia), outros tantos apoiam Hillary só porque é mulher. Confesso que gostaria muito de ver uma mulher ou um negro (ou um asiático, ou um homossexual, ou um nativo-americano, ou um chicano...) como presidente dos Estados Unidos. Mas apenas porque são negros ou mulheres? Não. Se assim fosse estaria a fazer tabula rasa de uma parte da equipagem ideológica e moral das ciências sociais: ver além da cor da pele, ver além do género. Mesmo que isso signifique apoiar a pessoa (temos que perceber definitivamente que é de pessoas que falamos e não de brancos e negros, mulheres e homens) com o fenótipo do "opressor" tipificado: homem, branco, cristão. Edwards é muito mais que isso e representava muito mais que o idealismo vácuo de Obama ou a experiência ancorada ao sistema de Hillary. Desistiu, pronto. Life goes on. Eu nem sequer sou americano, porque é que a minha opinião sobre este assunto haveria de ser do interesse de alguém? Mesmo não interessando, sempre digo que agora serei por Barack Obama ou por Hillary Clinton: muito melhores que qualquer um dos candidatos do outro lado.

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16.5.07

Haec Helena

1. Helena Roseta aparece enfim como a salvadora da pátria, ou melhor, de Lisboa. São muitos os que já entoam as costumadas loas - acríticas, levianas - à actual bastonária da Ordem dos Arquitectos. O programa de Roseta candidamente reclama, como seria de esperar [tal é a força da demagogia e do populismo], a demolição do atávico "aparelhismo" e do tenebroso e nunca desconstruído "sistema". Onde, e só por um mero acaso, a arquitecta se move a seu bel-prazer - e dele desfrutando - há tantos anos. Demasiados. Na direita e na esquerda, adstrita aos "aparelhos" ou como independente, fora e dentro, Helena Roseta parece deslocar-se na política de acordo com a direcção do vento e dos seus interesses pessoais. Perpassa nesta candidatura um álacre odor a hipocrisia. É mau agora o que antes era bom e nos servia tão bem, apetece dizer. Claro que só o diríamos se fôssemos Helena Roseta.
2. Com a maior das benevolências concedo a Sá Fernandes o vero estatuto de independente. Ele, e só ele de entre todos os putativos candidatos à CML, não viveu nunca no âmago do "sistema". Mas tem tramado o Sporting, recidivamente. E só isso diz muito acerca de um carácter.

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