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2.3.10

Passeio Público

(Percepções do risco)
«A natureza humana não suporta tanta realidade». A inflexibilidade poética de Luís Quintais (um «pessimista antropológico») reconhece a subsistência pós-tecnológica do mais ancestral dos sentimentos: o medo. Furacões, terramotos, inundações – todo o tipo de desastres naturais. É assim que os dias vão passando. Desde que o furacão Katrina destruiu Nova Orleães, pelo menos, que um futuro suspeitável, e terrível, ensombra as conversas dos cidadãos e os projectos dos políticos. A tragédia da ilha da Madeira é mais um tristíssimo episódio da eterna luta entre a força amoral da natureza e o esforço de sobrevivência dos humanos.

A história é, por vezes, um espectáculo demoníaco. Porém, os pretéritos históricos devem fundar, em particular, o supremo esclarecimento que nos guia por entre as ruínas do medo. A percepção do risco, espoletada com os acontecimentos funestos do Haiti e da Madeira, é agora especialmente premente na região de Lisboa. O dia um de Novembro de 1755, o dia do Grande Terramoto, continua bem vivo na memória traumática dos lisboetas, apesar de já terem passado mais de 250 anos após esse evento terrível e definidor.

A maior parte dos estudos científicos sugere a possibilidade de um novo abalo na região de Lisboa. No caso de tal acontecer, e de acordo com o “Plano Especial de Emergência de Risco Sísmico da Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes”, o número de vítimas mortais, de feridos graves e de desalojados será da ordem das dezenas de milhares. Obviamente, esta “arena do possível” pode nunca tornar-se realidade – esperemos que não. Contudo, as lições da história não devem ser desprezadas.

Desse modo, os projectos de reabilitação e construção urbana devem incluir expressamente uma componente de resistência à acção sísmica e o Plano Director Municipal deverá proibir a construção de novos edifícios, sobretudo infra-estruturas básicas, nas zonas críticas identificadas em diversas análises de risco. Não é provável que se possa conter totalmente a energia devastadora de um sismo, mas é possível mitigá-la.
(Sexta-feira, 28/02, no Jornal de Notícias)

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16.5.07

Haec Helena

1. Helena Roseta aparece enfim como a salvadora da pátria, ou melhor, de Lisboa. São muitos os que já entoam as costumadas loas - acríticas, levianas - à actual bastonária da Ordem dos Arquitectos. O programa de Roseta candidamente reclama, como seria de esperar [tal é a força da demagogia e do populismo], a demolição do atávico "aparelhismo" e do tenebroso e nunca desconstruído "sistema". Onde, e só por um mero acaso, a arquitecta se move a seu bel-prazer - e dele desfrutando - há tantos anos. Demasiados. Na direita e na esquerda, adstrita aos "aparelhos" ou como independente, fora e dentro, Helena Roseta parece deslocar-se na política de acordo com a direcção do vento e dos seus interesses pessoais. Perpassa nesta candidatura um álacre odor a hipocrisia. É mau agora o que antes era bom e nos servia tão bem, apetece dizer. Claro que só o diríamos se fôssemos Helena Roseta.
2. Com a maior das benevolências concedo a Sá Fernandes o vero estatuto de independente. Ele, e só ele de entre todos os putativos candidatos à CML, não viveu nunca no âmago do "sistema". Mas tem tramado o Sporting, recidivamente. E só isso diz muito acerca de um carácter.

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