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13.1.09

Carlitos Darwin: o darwinista relutante #1


2009. 200 anos depois, 12 de Fevereiro. 150 anos depois, 24 de Novembro. Charles Darwin. Menino rico, esbanjador. Às vezes cientista. Isto foi o início. Depois veio a viagem, o terramoto e as Galápagos; dois livros fulcrais e nenhum deles era a Bíblia. Uma família em crescendo geométrico (a invectivar Malthus?). As doenças, o estatuto como geólogo. Depois como biólogo, graças às insignificantes cracas. Sabiam que o seu livro mais lido, isto é, enquanto ainda vivia, foi Earthworms e não a Origem? Que lhe morreu a filha mais querida? Que ele via na própria pele - nas suas próprias alergias e dores de estômago - e na dos filhos a acção da selecção natural? Teve amigos, bons amigos. Que concordaram com ele, que eram mais darwinistas que Darwin. Excepto o velho Lyell. Esse morreu e foi para o céu. Um dia recebeu uma carta de Wallace, o outro, que ninguém ou quase ninguém conhece, mas que, vindo de baixo (não era rico nem esbanjador: a mostrar que não é o social que influencia definitivamente a produção científica), concatenou ideias e chegou ao mesmo resultado que o Carlitos. Só que este tinha receio, mais por Emma que por si, e foi resguardando as palavras heréticas, pelo menos 20 anos se passaram entre essas primeiras letras demoníacas e a carta de Alfred Russel Wallace, que espoletou a célebre conferência da Geological Society. Em que os dois, em jargão críptico, disseram que não, que não havia mão de Deus sobre as criaturas, que era tudo obra do acaso e do tempo. Wallace afastou-se, tornou-se místico. Darwin continuou, sempre.

Humanos?
Qual a diferença,
a ínfima dobra,
que faz a diferença?
(Luís Quintais, Mais espesso que a água, pág. 101)

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12.11.08

Weekly Review

Finalmente: um novo livro de Luís Quintais. O livro, que leva o título de Mais espesso do que a água, é editado pela Cotovia. O lançamento é hoje, pelas 18:30h, na Livraria Pó dos Livros. O actor Diogo Dória fará a leitura de alguns poemas.

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18.2.08

Os livros ardem mal

4.9.07

Saltar para o vazio

Atravessarás o deserto. E haverá um herói civilizador sentenciando a tua desistência ou a tua traição.

[Luís Quintais, Angst, pág. 21]

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24.5.07

Nome

I
Corrigi versos
e a tarde declina
agora
e tudo grita o teu nome:
II
deflagra o fruto
no chão
do quarto:
III
eu vou arroteando
o cimento
com
aras
de aço:
IV
olhos, os teus.
[Luís Quintais, Canto Onde, pág. 68]

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21.3.07

Poesia

Luís Quintais e Anne Carson no dia mundial da poesia.
Do Luís, meu ex-professor [mas quem foi nunca deixa de o ser] e amigo, um poema do seu primeiro livro, A Imprecisa Melancolia [Teorema, 1995]:
Na Catedral
Cheguei cedo à catedral.
Turistas prostravam-se
às suas portas.
Às dezasseis, invadiram-se as naves
com a avidez do sagrado
ou da sua nostalgia.
Nenhum anjo nos tocará na face,
nenhuma forma se incendiará de puro desejo.
Não partilharemos mais
que a curiosidade a horas marcada.
Nada há que se contemple.
Nem o lembrado exercício do canteiro,
nem a fúria do geómetra que, da palavra,
quis a sereníssima música,
o portal dos céus.
Nada há que se contemple.
Não há olhos
que contemplem
a imensa porfia do divino
que, tão perto das pedras e tão longe
dos homens,
fez dos séculos um imenso
retábulo, um espelho de umbrosos
desígnios, de trânsitos sem esperança.
De Anne Carson, uma motivação inserta em Plainwater [Random House, 1995]:
After a story is told there are some moments of silence. Then words begin again. Because you would always like to know a little more. Not exactly more story. Not necessarily, on the other hand, an exegesis. Just something to go on with. After all, stories end but you have to proceed with the rest of the day.

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