<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

18.5.07

O rei, outra vez

O Ministério da Cultura e a ministra da tutela, Isabel Pires de Lima, não autorizam a abertura do túmulo de D. Afonso Henriques, no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra. Os elementos que constituem a Comissão Científica de aconselhamento da Ministra da Cultura decidiram, em voz única, que os riscos de abrir o túmulo ultrapassam os benefícios que daí decorreriam. Uma decisão clássica, a opção pelo deixa estar, não mexas que podes estragar. Na realidade, uma decisão que apenas reflecte incidentalmente o imobilismo que perpassa a política cultural do ministério. Entretanto, Eugénia Cunha e a reitoria da Universidade de Coimbra vão contestar a recusa e, na próxima semana, vão enviar à ministra da Cultura uma contra-argumentação ao relatório da Comissão Científica com argumentos de natureza técnica, científica e arqueológica que, no juízo da antropóloga, legitimam o projecto.

No estudo da variação a partir de restos esqueléticos humanos a utopia é admissível: visibilizar o passado, resgatando as memórias incrustadas nos ossos que, metonimicamente, possuem uma relação objectiva, de contiguidade, com a realidade que foi – neles se conserva um vestigium vitae, um resquício de vida.
Os antropólogos não revolvem o passado e os seus despojos por anódina nostalgia ou patológica necrofilia, mas porque sabem que alguns aspectos pretéritos podem ser recuperados das furtivas reminiscências que os ossos em si cumulam. [para o Luís Januário, com um abraço]
[Dois excertos da minha tese de mestrado, em que fui orientado pela professora Eugénia Cunha. A professora orienta actualmente a minha tese de doutoramento.]

Etiquetas: , ,