Estéticas da Morte #cinquenta e cinco
O sono é uma morte reversível. Eis uma associação impensada; mera justaposição de bracinhos pendentes, ícones da Prelada e ardores de alma, orgãos de missa e negrumes correctos de Goya. Na morte (no seu irreconhecido estado perpétuo) todas as cores são iguais, todas as caras se tornam uma só, e as saídas não abundam. O sono é uma morte transiente (como a osteopenia*), um esquecimento sem caixão e prantos desnecessários; é uma morte melhor, em princípio, mas no outro dia é preciso ir trabalhar.
*Marcus, Robert. 2008. Osteoporosis. Elsevier, NY.
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