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6.9.09

Milito, dito «el sencillo»

Um bêbedo passeou-se na calle, em mijo distraído. Aí viu-o. Nu, ou desguarnecido. O peito feito num zero, cavado como se terra, aberto até muito dentro do corpo. Milito sacudiu-se, mesmo borracho. Manha de tomates, e antiga. Pregou um olho na ruína: sangue distorcido, juízo antecipado. Dali haveria de vir um morto. Chamou ambulâncias, não ouviram. Rezou. A garrafa esvaziava-se, esqueceu a oração. Revirou os olhos, encontrou o peito outra vez. Um zero maior que um dez. Grande, roxo crepúsculo. Chamou ainda, qualquer coisa. As coisas não ouvem, só algumas pessoas. Não estavam. Veio dali o frio. Deu-lhe, sem camisola era de esperar. Ainda bem, ia-se embora.

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2.7.04

Slow food de forma rápida 6

O pratinho que recomendo hoje, de simplíssima confecção, deleita os comensais no início da refeição de dia santo ou o doente incapaz de tragar repasto mais substancial - falo concretamente da mítica canja de galinha. O preparo requer uma galinha do campo [1,5kg], com miúdos [vejam lá... a moela e similares...não é o João e a Margarida...], depenada em água aferventada de fonte próxima [que até pode ser a torneira]. Depois de depenada e limpa a galinha, cozem-se, juntamente, todas as carnes [também os miúdos], em água munida de sal e um pouco de azeite. Durante a cozedura retirem-se do tacho as espumas que se forem gerando. Depois de cozida a pita colocam-se no tacho 100 gramas de massinha ou arroz e deixa-se cozer mais 20 minutos. Finalmente, juntam-se ao aprestado os ovinhos, se os houver. Um óptimo mantimento para o próximo Domingo, levezinho e fácil de digerir antes das emoções da bola.

Uma versão mais elaborada, originária da Figueira da Foz, foi descrita pelo general inglês Arthur Wellesley à sua esposa e pode ser consultada aqui.

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9.6.04

Slow food de forma rápida 5

Foi durante o jantar de ontem, alguns amigos conluiados à mesa, que o Ricardo me trespassou o segredo culinário: uma espécie de frango paki. O proémio é trivial, refogado de azeite, cebola e alho. A que se adiciona frango [cirurgicamente decomposto] criado pela avó, para fritar um pouco. Depois, um raminho de salsa, sal e vinho branco. Permite-se uma boa fervedura. Quando o pito estiver bem aferventado bota-se para o tacho uma farta colher de sopa de caril e côco. O acompanhamento certo: um arroz paquistanês [acho que se diz basmati] e uns comensais de palato burilado. Estes pratos, meio pesadotes, descem bem com uma Mini Sagres. Eu sei que recomendo sempre a mesma cerveja [se calhar é porque gosto mesmo dela] mas se quiserem ter outras opções leiam as dicas do Francisco José Viegas na Grande Reportagem.

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6.4.04

Slow food de forma rápida IV

Por acaso minto. O récipe de hoje, chanfana, é motivado pela quadra pascal que atravessamos, demandando tempo largo para uma digna execução. É repasto, pois, digno de purista da cozinha tradicional portuguesa ou simplesmente de sibarita ou epicurista ortodoxo. A receita* foi colhida no Domingo ao almoço, em casa da minha avó Maria, ditada pela voz da mesma. Ora bem, comecemos: o passo dilucular será escolher uma peça jeitosa de carne de cabra velha [ATENÇÃO: cuidado com o local onde adquirem a carne, lembrem-se que a febre-de-malta é endémica em Portugal], que é colocada, depois de cortada e desprovida de gorduras e peles, com mais ou menos jeito no interior bojudo de uma caçoila de barro preto. De seguida executa-se a serrada, isto é, o tempero: colorau, azeite, umas folhitas de louro, salsa, piri-piri e o [infelizmente] impreterível sal. A quantidade de tempero é ao gosto de cada um e vão aperceber-se que não existe uma fórmula correcta em nenhum breviário. Finalmente, rega-se abundantemente com um bom vinho tinto, dá-se um tempinho para a carne absorver o tempero [pelo menos um dia] e leva-se ao forno de lenha, onde se deixa a carne até apurar. A minha avó costuma juntar umas batatinhas à carne, ficam saborosas, com uma bela cor entre o amarelo-torrado e o castanho.


*Que, em verdade se diga, é praticamente igual à que podemos ler em qualquer livro dedicado a tão delicioso assunto.

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7.2.04

Slow Food de forma rápida III

Por agora sou compelido a recomendar o belo do postre, frondente de calorias e deleitoso ao palato. O bolinho de cenoura é empreitada da doce Sofia e para o aprimorar há que acautelar a presença na banca de cozinha de 1 cenoura de tamanho médio, 4 ovos, 400 gramas de farinha com fermento, baunilha e açúcar q.b. Rala-se finamente a cenoura e separam-se as gemas das claras, batendo as primas com o açúcar e as sigas em castelo. O creme das gemas coliga-se com a vanilla, a farinha e a cenoura ralada. De seguida misturam-se as claras e mexe-se muito bem. Finalmente unta-se com manteiga uma forma redonda para bolo [sem buraco no meio, talvez para minorar as distracções], dispõe-se a massa e leva-se ao forno a cozer durante cerca de 35 minutos a 250º. OK, agora é só convidar as avós para um lanchinho e deixá-las de boca aberta com o dulçor deste bolinho.

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21.1.04

Slow food de forma rápida 2

Desta vez opto pelo peixinho. A receita é da Marta e, embora simples, possui o dom de seduzir o mais renitente dos convidados. Segue assim, para duas pessoas: esfregam-se grosseiramente com sal duas douradas [fresquinhas e de alto mar, de preferência. Para os menos abonados de cêntimos a peixaria do Contente com as suas douradas de viveiro também serve] previamente despojadas dos volumes abdominais. Não esquecer de fazer uma incisão a meio de cada peixe de forma a facilitar o entranhamento salino. Colocar os peixes num pirex e rodear de batatinhas cortadas aos cubos. Escorrer um fio de azeite pelas douradas e batatas e, de seguida, ungir com tomate pelado. Depois levar ao forno e esperar até as batatas dourarem bem. Enquanto espera e troca uns kisses ou uns piropos, prepare uma saladita de tomate com milho, pitada de sal e sumo de limão. Á mesa, a flor ao lado do prato d@ amad@ ou d@ amig@.

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9.1.04

Slow food de forma rápida

É fácil, diz a Rita, pegas num frango (do campo, if possible, ou em alternativa peitos de frango) e cortas em pedaços pequenos. Picas uma cebola fresca para riba do pito, vertes uma cerveja (a minha modesta opinião conjura a favor da Mini Sagres), adicionas uma sopa de cebola Knorr (condição sine qua non, não me perguntem porquê) e uma pitada de sal e piripiri. Deixas cozer em lume brando enquanto preparas o esparguete (ou spaguetti para os puristas) como acompanhamento. Para salada, umas folhitas de alface temperadas com sal, azeite, vinagre e limão.

20 minutos depois, o repasto. Não esquecer de emparceirar algo para empurrar o frango: Mini ou tinto. Bom apetite.

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