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22.1.11

A grande assembleia dos instintos


(El Perro, 1819-23, Francisco Goya, Museo del Prado, Madrid)

No momento em que, depois de um combate, o animal vencido abandona a arena da luta todo o cerimonial do instinto de sobrevivência revivesce: a cabeça desce lentamente, os olhos cobiçam a segurança do solo, a cauda remete-se aos silêncios de entre-pernas. Nessa altura, o animal aproxima-se simbolicamente da casa, do território materno. Por vezes, observa-se um movimento de oscilação em que, subitamente, a agressividade que resta leva a melhor sobre o instinto da fuga. Recomeça então o ritual de esquiva, golpe e mutilação. Isto prova simplesmente que nenhuma luta está definitivamente perdida - pelo menos, se atendermos ao inexistente sentido moral da natureza. Amanhã podemos ser o cão batido que levanta a cabeça e morde.

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14.7.08

A primeira manhã


(Francisco Goya, circa 1797, La Maja desnuda, Museo del Prado, Madrid)

A Maja (desnuda) de Goya não é a Vénus de Boticcelli (nem a Femme nue... de Courbet, e ainda bem): mais do que a sublimação da sensualidade, a Maja é a própria sensualidade - meio ordinária, diga-se, mas isso não me preocupa demasiado. É uma rapariga qualquer do povo, das classes mais baixas (mesmo que a mulher retratada seja a Duquesa de Alba); a sua pose arrojada (a sua nudez) não convoca qualquer atributo mitológico mas apenas o seu estatuto vernacular e medíocre. Prefiro a minha Maja. A de Francisco Goya é demasiado vulgar e rechonchuda de braços e coxas. Prefiro a minha (bela, nobre, esplêndida, deslumbrante, querida) Maja.

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