<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>

26.12.04

Uma prenda de Natal que eu muito apreciaria

A continuação de "O Regabofe", ou seja, " O Ventre de Paris", de Zola. Just can´t find it anywhere.

24.12.04

Mensagem aos pastores


A Adoração dos Magos – Díptico Bargello– (1380-90) – Artista desconhecido – Museo Nazionale del Bargello, Florença

“Não temais pois vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo povo: hoje na cidade de David, nasceu o Salvador, que é o Messias, Senhor”.
Lucas 2:8

23.12.04

O que eu mais detesto...

nesta altura eivada de tradições:

A costumeira revisitação televisiva de um gajo vestido de Pai-Natal a saltar de pára-quedas. Intragável.

p.s. Também as reportagens sobre a receita do bolo-rei. Intragáveis (as reportagens, o bolo das frutas cristalizadas come-se bem se não sair a fava).

21.12.04

Défice?



Contabilidades bacocas, coonestação de implausibilidades orçamentais... Défice de coordenação. Pois. Pois.

20.12.04

Que vergonha!


O derradeiro jogo da 15ª jornada da Superliga terminou há pouco, com justa vitória do Sporting sobre o Vitória de Guimarães, matizado por lances dúbios em ambas as áreas, agressões e deplorável conduta de certos trogloditas que pululam como cogumelos em determinados estádios de futebol. É, para mim, incontestável que o Sporting está a praticar um bom futebol, substruído no grande Carlos Martins, no cada vez mais confiante Hugo Viana, no eficaz Custódio e no Pai-Natal Liedson. O jogo do Sporting, entretecido por bruscas diagonais em todo o terreno médio e por rápidos lançamentos para a frente de ataque, é, nesta circunstância, sobejamente superior ao jogo arrastado e triste do Benfica e, nalguns momentos, equivalente ao melhor FC Porto.
O jogo desta noite. Silva marca por duas vezes a quem lhe paga as contas – homem ingrato –, partindo de um claro fora de jogo no primeiro ensejo. O primeiro golo do Sporting rivaliza com a água da fonte de Jacob, tal a sua pureza. Custódio é barbaramente agredido por Rafael. Se os homens da liga que tratam dos castigos não virem o imago da investida soez de tão inumano jogador envergonharão os Tirésias deste mundo. E, por fim, temos a caterva de selvagens vimaranenses. As imagens que todos viram na SportTv falam por mim.

17.12.04

Adeus siô

Antes de partir quis despedir-se da criadagem. O capataz Rocha regrou a descoordenada coorte no pátio da roça, perfilando-os como antigamente, antes de trocar o ofício de sargento pelo de aventureiro, perfilava os mancebos nos primeiros dias de recruta em Santa Margarida. O Dr. Freitas, impecavelmente trajado – o branco do fato de algodão contrastando com o negro das botas de montar – começou por apertar a mão aos homens: o negro Romero, criado de dentro, o negro Matias, cozinheiro, o negro Vicente, jardineiro, e outros homens negros, com outros nomes e outras funções naquela casa. Às mulheres, paternal, obsequiou-as com um beijo na testa – se não fossem todas negras era vê-las a corar – e um abraço. A última, Maxine, atraiu o patrão [ex-patrão, é a independência, diziam os camaradas que lutavam ainda no mato] junto ao seu corpo e depois de o beijar duas vezes na face disse-lhe ao ouvido:
-“Nunca vou deslembrar de si patrão”.
O Dr. Freitas, surpreso: -“Ah sim? E Porquê?”
- “Enquanto eu me lembrar do siô, Deus vai lembrar o mal que nos fez. E o Demónio, quando o vier buscar, também.”

15.12.04

Sinister


Olhando além do mito criteriosamente sustentado ao longo de anos nas revistas cor-de-rosa, não posso deixar de sentir a figura de Santana Lopes como um avatar sinistro do Conde Dracul – Nosferatu socialite e desequipado da dentuça, mas de malévolos desígnios saturado. Talvez um dia as mães desesperadas com a progénie irrequieta substituam o papão, o polícia, a pica e o homem do saco por tão grotesca e assustadora criatura.

13.12.04

Em Moçambique

O campo cultivado das palavras, na geografia longínqua a vizinhança da saudade. Ma-Shamba: num ano incerto de 365 dias, a certeza de um blogue de excelência.

O dono da bola

Durante os anos da minha infância, encravada nos anos 80 duma aldeia do concelho de Coimbra, a recreação maior das crianças portuguesas do sexo masculino não diferia muito do passatempo dos gaiatos das gerações anteriores ou posteriores. Um rectângulo de terra batida, duas pedras de cada lado – à laia de baliza – e uma bola constituíam o mínimo denominador comum dos futebóis – quem, da minha criação, se não lembra dos épicos jogos da “segunda” contra a “quarta”? – que, um pouco por todo o país, aqueciam os parcos intervalos escolares no Inverno do ano. Lembro-me que havia sempre um miúdo, que talvez até nem tivesse muito jeito para o jogo, que era o dono da bola. Quando o catraio se chateava, ia embora e levava a chincha com ele: quem não revisitou, pelo menos uma vez, esse evento mítico no pátio da sua escola?
Santana Lopes é um garoto. Desculpem-me os garotos, se os ofendo. Miúdo birrento, chateou-se quando o presidente, farto da sua incapacidade para o jogo da governação, o mandou para casa mais cedo. Demitindo-se, quis levar a bola para casa, esquecendo-se, porventura, que a bola já não era dele. Que nunca foi dele.

8.12.04

Parabéns a um dos pais da democracia portuguesa


80 anos de luta contra o despotismo fascista [e luta crucial contra a instauração de uma ditadura estalinista], a opressão e limitações da liberdade

6.12.04

Morte no estádio

A lua recurva adorna o céu exumado da derradeira estrela. Há pouco, antes do frio chegar, corrias atrás da bola no baldio perto da velha fábrica de calçado. Um dia a fábrica faliu – foi deslocalizada, como se diz agora –, e grandes camiões levaram as máquinas de cortar e alisar o curtume, os grandes moldes e os restos de couro para longe. Para terras distantes e ignotas. Mais tarde correste atrás da bola nessas terras distantes e morreste durante a tarde, o campo ajaezado pela intensidade fulgente do sol e pelos festejos dos teus golos. Morreste a fazer o que mais gostavas, presumo. Mas morreste. E isso é para sempre.

Eu tenho dois amores

Um ganhou, o outro... nem por isso.

AAC-2:SCP-3


4.12.04

I would rather not go back to the old house

Uma conversa, uma anódina interlocução numa mesa de café, pode lançar sementes de dúvida que germinam no fértil húmus das consciências propensas a insondáveis anseios, que se julgariam esquecidos e alquebrados pelo voo destrutivo do tempo. A memória de certas coisas é uma coisa chata, traiçoeira – desaparece quando mais falta nos faz ou assoma, inusitada e ribombante, quando deveria permanecer apagada nos mais esconsos territórios do nosso cérebro. E, por vezes, são esses insignificantes diálogos que retomam memórias delidas – insignificantes depois de tanto tempo –, reminiscências de algo que poderia ter sido, acontecido, numa velha casa cheia de más recordações, e que não foi, que não aconteceu, porque algumas pessoas são cegas, surdas e mudas [mesmo quando vêem, ouvem e falam] e, actores por vocação ingénita, vivem os sentimentos através de um véu que os aparta de todos os que os rodeiam e até deles mesmos.

As ideias deste texto estão esgarçadas naturalmente por hermetismos que só eu poderei decifrar – e mesmo assim com muito custo. A estranheza de certa conversa ainda não a entranhei. Um dia mais tarde explico. Fiquem com esta letra e meditem, se quiserem.

BACK TO THE OLD HOUSE (The Smiths, Hatful of Hollow)


I would rather not go
Back to the old house
I would rather not go
Back to the old house
There's too many
Bad memories
Too many memories
There ...
There ...
There ...

When you cycled by
Here began all my dreams
The saddest thing I've ever seen
And you never knew
How much I really liked you
Because I never even told you
Oh, and I meant to


Are you still there ?
Or ... have you moved away ?
Or have you moved away ?
Oh ...


I would love to go
Back to the old house
But I never will
I never will ...
I never will ...
I never will ...

1.12.04

Então adeus...



Ah! E não se esqueça de não voltar...