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27.2.06

Lack of inspiration

Talvez não pense senão em ti - e nos teus olhos, que agarrados aos meus são manhãs silenciosas de cemitério. Hesito em olhar-te de frente. És ainda o que quero que sejas, um globo perfeito que rola sobre as tardes de mim.

sukûn

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26.2.06

100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #11


Foto de Maria Teodoro

Fico triste por ser com a Académica...
e aquilo do Roma não foi falta!!!

22.2.06

A volúpia dos dias #3

Porque é que amar é tão longe e os barcos tão caros?

21.2.06

100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #10


Sempre a torcer pelos vermelhos.

20.2.06

Começava o Outono

A luz última da tarde desanuviava os lilases excessivos do jardim. Catarina sentou-se numa enfadada cadeira de verga e esperou que as sombras se dissipassem. Era Domingo e começava o Outono.

16.2.06

The futureheads

A recordação difusa dos corpos/convoca o sonho recostado/ao halo necrótico do tumor./Segue o momento./Mas há um sismo lento na indistinta melancolia do quarto/a incontida ausência da palavra.

100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #9


O Levezinho já foi agarrado até 2010. Agora só lhe pedimos para aí uns 53 golos por época.

14.2.06

A volúpia dos dias #2

Bem vi que o teu rosto acomodou algum desencanto, uma decepção disfarçada por um sorriso sincero mas insuficiente para me assegurar que achaste bem de mim.

Vou jogar, claro

"Chico, vais jogar amanhã ou tens alguma paneleirice do dia de S. Valentim? Diz qq coisa. Abraço." [Recebida ontem por SMS]

10.2.06

Nostalgia

Como uma liberdade

Um conjunto de cartoons satíricos sobre Maomé originalmente publicados num jornal dinamarquês e republicados pela generalidade da imprensa ocidental fizeram eclodir uma impressionante onda de violência em alguns países islâmicos. Um ódio que assemelha a algo de irracional, inflamado nas multidões de rua, transformando-se assim na representação de uma vaga de barbárie.

Numa democracia, as opiniões só existem na medida em que existe igualmente liberdade para as exprimir, divergir e criticar. Em cada momento histórico, há um determinado universo de valores que só é dominante porque os sujeitos sociais os partilham de uma forma comum e plural. Em regimes autoritários, esse consenso é forçado por via de uma estrutura repressiva que se impõe aos cidadãos. Na generalidade dos países islâmicos, uma religião é aliada desse aparelho coercivo.

Plasmando-se ao poder político, as simbologias criadas por uma leitura dessa religião geram as próprias condições de reprodução do autoritarismo. Actualmente, a incapacidade de articulação de um discurso moderado no interior do Islão transforma essa realidade num cenário particularmente crítico. Afirmá-lo é constatar algo que só um proselitismo feroz pode confundir com preconceito ou xenofobia, sobretudo quando isso é valorizar todos aqueles que no terreno não cedem ao cativeiro do fundamentalismo islâmico. Em condições sempre dramáticas, tantas vezes assumindo o exílio ou a morte contra fatwas assassinas.

Há, no Ocidente, quem queira conscientemente evitar abordar o essencial. Porque é absolutamente irrelevante se os cartoons são ou não ofensivos, se são ou não ‘despropositados’. Não há aí matéria de discussão. Todos os dias nos deparamos na imprensa com opiniões ofensivas e/ou despropositadas. Por isso é que são opiniões. Por isso é que são publicadas em páginas de jornais. Por isso é que lhes podemos contrapor argumentos sem medo. E é tudo isso que nos enriquece enquanto membros de uma comunidade democrática, com opiniões que são tantas vezes execráveis mas nunca atentatórias da integridade de quem delas discorda.

Em 1689, John Locke escrevia na sua Carta sobre a Tolerância que «a tolerância […] aplica-se ao exercício da liberdade, que não é licença para fazer tudo o que se deseja, mas o direito de obedecer à obrigação, essencial a cada homem, de realizar a sua natureza». Mais de três séculos depois, ainda se justifica uma violência cega como legítima reacção à ‘blasfémia’. Quem o faz, aceita regredir na capacidade de afirmar o princípio da diferença como o princípio inalienável da realização individual, seja ela minoritária ou não na sociedade em que se insere. Daí a separação formal entre Estado e igrejas nos países democráticos, permitindo uma volatilidade dos laços morais que será tanto maior quanto a sua relação com a diversidade das práticas, das vivências e dos costumes.

Após o 11 de Setembro de 2001, a generalidade das discussões sobre este tema estão viciadas entre o radicalismo bélico e o militantismo relativista. Este documento é por isso um contributo para explorar uma alternativa a essa dicotomia, subscrito por cidadãos e cidadãs com percursos distintos e filiações políticas muito diversas, à esquerda e à direita, com ou sem religião, que têm leituras por vezes opostas quanto ao terrorismo e à sua prevenção. Em comum têm porém a recusa na cedência de um conjunto de princípios que, no seu entender, poderão traduzir parte do património civilizacional ocidental. A começar pela liberdade de expressão, que pode e deve ser um valor universal.

Os apelos de governos europeus para a ‘responsabilidade’ no uso dessa liberdade de expressão são a metáfora de um complexo de culpa em relação a algum passado histórico do Ocidente que não pode ser esquecido. Mas que também não pode servir de intermediário a todas as leituras sobre o tempo presente. Qualquer vírgula colocada na liberdade de imprensa será um silêncio a mais. Pedir desculpa pela emissão de uma opinião livre publicada num jornal europeu será pedir desculpa pela Magna Carta, por Erasmo, por Voltaire, por Giordano Bruno, por Galileu, pelo laicismo, pela Revolução Francesa, por Darwin, pelo socialismo, pelo Iluminismo, pela Reforma, pelo feminismo. Porque tudo isso nos une na herança de um processo histórico que aparece agora criminalizado pela susceptibilidade de um dogma impositivo, incapaz de olhar o outro. Do mesmo modo que tudo isso nos separa daqueles que, sem concessões, reclamam uma superioridade civilizacional para a sua civilização. Qualquer que ela seja.


Os primeiros signatários,

Tiago Barbosa Ribeiro e Rui Bebiano
Porto e Coimbra, 9/2/06

Subscrever aqui.

9.2.06

Etnografia sentimental

-Emília! Ó Emília! Traz dois Beirães [sic] fáxabor [sic].
-E os cafézes [sic], levo já?

8.2.06

5 pontos breves mais 1


1. Eu gosto da Dinamarca.
2. Eu não gosto daqueles cartoons.
3. Eu não gosto que as pessoas que não gostam dos cartoons queimem bandeiras, destruam embaixadas, lancem fatwas a torto e a direito, metam todos os dinamarqueses no mesmo saco.
4. Eu não gosto que metam todos os muçulmanos no mesmo saco.
5. Eu gosto de dizer o que me apetece.
6. Não ia gostar que me matassem por causa do que disse nos pontos anteriores.

7.2.06

A volúpia dos dias

O que vai ardendo? Tudo, parece-me. Mas os meus olhos nos teus, inesperados, ardem mais.

3.2.06

A frustração dos dias

Sinto o som do teclado por ínfimos momentos antes de voltar atrás para, sem rodeios ou dilação supérflua, pegar-te nos lábios e abraçá-los com as palavras que não te disse durante tanto tempo. E havia tanto a dizer. O ressumo da coincidência, talvez pequenos nadas que escritos seriam alguma coisa. Esta merda parou no próprio umbigo. Esta merda.

2.2.06

Neanderthals 'r' us




Em Agosto de 1856, três anos antes da publicação de On the origin of the species by means of natural selection de Charles Darwin, alguns trabalhadores de uma pedreira localizada na Gruta de Feldhofer, no vale de Neander (Neander Thal, em alemão antigo), perto de Dusseldorf (Alemanha), encontraram um conjunto de ossos humanos, que constituíram posteriormente o holótipo da primeira espécie humana fóssil a ser identificada, o Homo neanderthalensis ou Homo sapiens neanderthalensis.

Em diversos locais arqueológicos Europeus, a transição entre as ocupações Mousterienses/Neandertais e Aurinhacences/Cro-Magnons foi relativamente abrupta, sugerindo que a substituição ocorreu rapidamente, em algumas décadas ou séculos. Estes dados fortalecem a ideia, postulada pelos prosélitos da Teoria Out of Africa 2, que preconiza a substituição dos Neandertais devido à sua incapacidade de competir culturalmente com os seus sucessores modernos.

Não obstante, a concepção da improficiência dos Neandertais no sentido de se comportarem “modernamente” enferma de um factor debilitante que dá pelo nome de Chatelperronense. Esta tradição artefactual, com cerca de 40 mil anos, provém inteiramente de sítios arqueológicos Franceses e Espanhóis, como Quinçay, Arcy-sur-Cure, Saint-Césaire, Le Piage, Roc-de-Combe (França), Ekain, Labeko Koba, Cueva Morín e El Pendo (Nordeste de Espanha). Nos poucos locais onde foram recuperados restos humanos associados ao Chatelperronense - Saint-Césaire ou Arcy-sur-Cure – apurou-se que esta indústria foi desenvolvida por Neandertais. As concentrações artefactuais Chatelperronenses caracterizam-se pela combinação de denticulados e raspadores Mousterienses com numerosos artefactos característicos do Modo IV (Paleolítico Superior). Em Grotte du Renne (Arcy-sur-Cure, França) resgataram-se diversos artefactos pétreos acompanhados por objectos finamente manufacturados em osso, utilizados como ornamento pessoal. Alguns autores consideram que o Chatelperronense reflecte uma difusão cultural em que os Neandertais/Mousterienses imitaram as indústrias Cro-Magnons/Aurinhacences, antes de sucumbirem completamente. Outros, porém, observam demasiadas inovações no Chatelperronense para considerarem este como uma mera emulação do Aurinhacence. Não existe uma resposta definitiva a este dilema. O Chatelperronense permanece como um puzzle difícil de destrinçar e cuja solução seria importante para o aclaramento das origens do homem moderno.

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