<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

2.2.06

Neanderthals 'r' us




Em Agosto de 1856, três anos antes da publicação de On the origin of the species by means of natural selection de Charles Darwin, alguns trabalhadores de uma pedreira localizada na Gruta de Feldhofer, no vale de Neander (Neander Thal, em alemão antigo), perto de Dusseldorf (Alemanha), encontraram um conjunto de ossos humanos, que constituíram posteriormente o holótipo da primeira espécie humana fóssil a ser identificada, o Homo neanderthalensis ou Homo sapiens neanderthalensis.

Em diversos locais arqueológicos Europeus, a transição entre as ocupações Mousterienses/Neandertais e Aurinhacences/Cro-Magnons foi relativamente abrupta, sugerindo que a substituição ocorreu rapidamente, em algumas décadas ou séculos. Estes dados fortalecem a ideia, postulada pelos prosélitos da Teoria Out of Africa 2, que preconiza a substituição dos Neandertais devido à sua incapacidade de competir culturalmente com os seus sucessores modernos.

Não obstante, a concepção da improficiência dos Neandertais no sentido de se comportarem “modernamente” enferma de um factor debilitante que dá pelo nome de Chatelperronense. Esta tradição artefactual, com cerca de 40 mil anos, provém inteiramente de sítios arqueológicos Franceses e Espanhóis, como Quinçay, Arcy-sur-Cure, Saint-Césaire, Le Piage, Roc-de-Combe (França), Ekain, Labeko Koba, Cueva Morín e El Pendo (Nordeste de Espanha). Nos poucos locais onde foram recuperados restos humanos associados ao Chatelperronense - Saint-Césaire ou Arcy-sur-Cure – apurou-se que esta indústria foi desenvolvida por Neandertais. As concentrações artefactuais Chatelperronenses caracterizam-se pela combinação de denticulados e raspadores Mousterienses com numerosos artefactos característicos do Modo IV (Paleolítico Superior). Em Grotte du Renne (Arcy-sur-Cure, França) resgataram-se diversos artefactos pétreos acompanhados por objectos finamente manufacturados em osso, utilizados como ornamento pessoal. Alguns autores consideram que o Chatelperronense reflecte uma difusão cultural em que os Neandertais/Mousterienses imitaram as indústrias Cro-Magnons/Aurinhacences, antes de sucumbirem completamente. Outros, porém, observam demasiadas inovações no Chatelperronense para considerarem este como uma mera emulação do Aurinhacence. Não existe uma resposta definitiva a este dilema. O Chatelperronense permanece como um puzzle difícil de destrinçar e cuja solução seria importante para o aclaramento das origens do homem moderno.

Etiquetas: