<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

15.4.10

Estéticas da morte #sessenta

& assim terminou a sua vida, resfolegando como um novilho. Quanto a D. Berenice, haveria de viver ainda dois carros de anos – se ainda se recordam desta medida tão pícara, perceberão que não foi assim tão pouco – mas agarrada já ao túmulo, à escuridão do que ainda havia de vir, & pouco importada com a fortuna, com os jardins da casa de Alvouco ou com a educação do menino Américo. Chorou uma única vez, durante todos esses anos, porque se queimou a fazer o café (ou possivelmente o chá), sorriu ainda menos & esqueceu o uso das palavras – ninguém mais lhas escutou. Podia dizer-se que D. Berenice foi vivendo, mas o mais correcto talvez seja dizer-se que D. Berenice foi morrendo
(sem no entanto chegar de facto a morrer).
Sei bem o que digo: ando há dias a pensar nisto que aconteceu a D. Berenice (esta respiração pendente, este sono empedernido) & entretanto algum cheiro há-de surgir. Então, declará-la-ei finalmente morta - como é lógico supor, e a menos que ela se levante sem nada dizer, se dirija à cozinha e me prepare uma infusão de ervas, como é, de resto, seu hábito antigo.

Etiquetas: