<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

18.3.10

A escuridão cobriu-lhe os ossos

Diga-se, para que não restem dúvidas, que 2666 é um grande romance - apesar da capa e dos panegíricos da crítica. N'«A parte dos crimes», o «capítulo», digamos assim, que o resgata definitivamente da banalidade (divididas, as cinco partes que constituem 2666 seriam de uma vulgaridade atroz), as reverberações torrenciais de violência ecoam obviamente a Ilíada (cantos X-XIV). Bolaño mata meninas de escola, operárias e prostitutas em vez de Beócios, Lócrios e Paflagónios. Não é fácil trocar um Paflagónio por uma puta. Como é lógico supor, a esta faltam-lhe as lanças de bronze, alguns dentes e a devoção a Atena. Tudo isto, embora não pareça, engrandece o trabalho de Roberto Bolaño. Imaginem o que ele faria se pudesse matar Harpálion e Meríones em vez de Felicidad Jiménez e Leticia Contreras.

Etiquetas: ,