<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

26.3.09

Passeio Público

(Suspensão temporária das propinas)

O que se passa na Universidade de Coimbra (e em muitas outras universidades portuguesas) é tão grave que requer súplicas impossíveis, apoio enérgico, e medidas extremas. Muitos estudantes vêem-se confrontados com a anormalidade da crise e deixam de estudar por razões económicas; alguns, como na Universidade da Beira Interior, recorreram mesmo ao Banco Alimentar Contra a Fome. Não ter dinheiro para pagar as propinas, e desistir de estudar por causa disso: é esse o destino indiferente de centenas de estudantes, a transposição miserável de um qualquer cabo da desesperança.

Apesar da situação na UC não ser das mais trágicas, a Associação Académica de Coimbra decidiu manifestar-se, exigindo o reforço da acção social escolar. Felizmente, a solidariedade ainda é uma marca da academia conimbricense. Não obstante, o ar do tempo não se compadece com intercessões desanimadas. As exigências deveriam cultivar o excesso e a demagogia, o denodo selvagem dos zelotas. Nada receber, tendo pedido tudo: eis um desaire honroso, um destino preferível, apesar de tudo.

E se em vez de uma “suspensão temporária da democracia”, de acordo com os anseios “irónicos” de Manuela Ferreira Leite, os estudantes exigissem uma “suspensão temporária das propinas”?
Revolta e fogo gratuitos? Não me parece. Talvez um desafio à farsa da vida e, no mínimo, um repto mobilizador ao Governo. Ao país, sobretudo. O marasmo é sempre pior que um passo em falso.

Os bons leitores são uma espécie desprotegida e, por vezes, podem sentir-se atacados por esta espécie de provocação amigável. Ou melhor: por esta provocação utópica. Por vezes, reclamar o impensável é a única forma de urgir o futuro.
(Ontem, 25/03, no Jornal de Notícias)

Etiquetas: , ,