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12.3.09

Passeio Público

(Apologia crítica)
Há uns dias, na apresentação do "Coimbra Criativa e Empreendedora'09", Norberto Pires, o presidente do Coimbra Inovação Parque (iParque), sustentava a ideia de que Coimbra é uma cidade diligente e criativa, faltando-lhe, não obstante, um factor essencial na disposição do êxito: o “bairrismo”. Qualquer observador imparcial entende, decerto, que existe um ponderoso fundamento no que Norberto Pires afirma. A cidade, como aliás o país, sofre de alguma esquizofrenia: ou se leva demasiado a sério, ou se acha miserável. Naturalmente, e face às multíplices contrariedades da “crise”, esta última postura torna-se hegemónica.

O “bairrismo” não deve (não pode) ser chauvinista ou excludente, e muito menos configurar um “bem-querer” absoluto e acrítico. Porém, alguns agentes (culturais, industriais, tecnológicos, etc.) da cidade merecem um olhar benevolente e animado, merecem certamente que lhes dêem o devido valor, muitas vezes superior ao que apercebemos no que “vem de fora”. O enlevo em relação ao “produto estrangeiro” é, de resto, uma marca emblemática de provincianismo.

O iParque, a Escola da Noite, a Crioestaminal, a Almedina, os Bunnyranch, os HUC, a Critical Software, o Bruno Aleixo, ou o mensário de actualidade literária Os Livros Ardem Mal (peço desculpa a tantos outros que não menciono por falta de espaço) são argumentos que justificam uma apologia mais optimista relativamente à cidade.

Coimbra é uma cidade imperfeita – e só quem gosta verdadeiramente dela o assume –, virada para o próprio umbigo, cumprida sob a umbela tutelar da Universidade. Sabemos quais as suas limitações, mas não podemos resignarmo-nos a elas, e aceitar submissamente a dura lei da moderação. O “postal” da acrópole encimada pela Cabra é decerto aprazível; aceitá-lo sem reservas é, eventualmente, uma delicadeza triste.

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