<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

11.1.11

Huck Finn

As manhãs ainda são demasiado frias - e o preço do gasóleo nunca é revisto em baixa - mas essas minudências são facilmente ultrapassáveis por períodos prolongados na coberta de casal. O que verdadeiramente me preocupa são os livros que já li, os que ainda hei-de ler, e mesmo aqueles que nunca farão parte do meu pessoalissimo cânone. Preocupa-me a censura dos mullahs aos livros de Paulo Coelho. Eu também os censuro - e de forma veemente - mas partindo de um censor estético privado e não de recomendações ou proibições emanadas por consciências omniscientes supra-individuais. No Ocidente libertado a censura é mais indigna: mutilam-se as palavras de autores mortos, reescrevem-se os seus parágrafos em norma puritana, como se algumas expressões fossem pénis minúsculos de estátuas imperiais. O mundo de Twain, Camões ou Kipling deixou há muito de existir: porquê trocar as suas palavras politicamente incorrectas por merdices anódinas se podemos queimar os seus livros? O crime merece o lume, a luz niveladora dos iluminados.

"Parece que los gitanos y gitanas solamente nacieron en el mundo para ser ladrones: nacen de padres ladrones, críanse con ladrones, estudian para ladrones y, finalmente, salen con ser ladrones corrientes y molientes a todo ruedo, y la gana del hurtar y el hurtar son en ellos como acidentes inseparables, que no se quitan sino con la muerte."
(Cervantes, La gitanilla)

Etiquetas: ,