<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

24.11.10

Passeio Público

{Luzes apagadas}

Ainda vem longe o fim de Novembro mas já pode dizer-se, com propriedade, que o Natal é todos os dias. Na televisão e nas montras dos centros comerciais, pelo menos. Nas ruas das cidades talvez não. E ainda bem. A ubiquidade precoce da quadra nos processos e discursos de um capitalismo voraz e capcioso (para além de tudo o resto) esvazia-a de significado. Para além disso, não consigo gostar dos paramentos luzidios que enfeitam árvores nas ruas – não consigo gostar, tão-pouco, da árvore de Natal propriamente dita.

Naturalmente, aplaudo a decisão da Câmara Municipal de Lisboa de não montar a desmesurada árvore de Natal no Parque Eduardo VII. A resolução é um arrojo de sabedoria: porque poupa dinheiro aos cofres da autarquia e, sobretudo, porque nos poupa à fastidiosa lengalenga televisiva da “maior árvore de Natal do universo”.

Na realidade, o nosso país parece já não sobreviver sem um certo espírito próprio da época, deprimente, fomentado por temas tão díspares como a árvore gigante, o bolo-rei do Guiness ou o salto de pára-quedas de um senhor trajado como o Pai Natal. As luzes esparramadas à beira das estradas compõem, de forma similar, a atmosfera desse folguedo melancólico. Porém, este ano as circunstâncias são bem diferentes.

A crise económica contundiu as finanças das autarquias e, como tal, a restrição nos gastos com a iluminação de Natal é tão acertada como decente. Em Loures e Palmela não haverá qualquer luz natalícia promovida pelas respectivas Câmaras Municipais. A contenção é o mote também em Oeiras, Amadora, Santarém, Almada, Seixal, Cascais, Beja ou Faro: as reduções variam entre os 25% e os 68%. Em Coimbra, o corte será de apenas 10%. Porque será que isso não me surpreende?

{11/11 no Jornal de Notícias}

Etiquetas: ,