Ronaldo, Quaresma e outros problemas sentimentais #2
O subúrbio, a auto-estrada, o centro comercial, a bomba de gasolina: limites topográficos de privação sensorial. Espaços de cultura transiente, de omissão relacional, identitária e histórica. Os não-lugares (se tencionarmos frequentar Augé) onde até a realidade irrompe do simulacro; onde tudo é inventado, o aborrecimento, o tédio, a passividade. As paisagens desoladas onde as luzes permanecem acesas mas as pessoas se retiram de novo para a escuridão.
Perante isto, resta a alienação distópica dos indivíduos. O futebol, diz-nos Ballard, é a derradeira esperança de violência da sociedade. Definindo-se numa nova ordem social, baseada na energia e na emoção, os adeptos mais subversivos re-dramatizam as suas vidas através da violência e da agressão, re-primitivizam-se e entretecem um código radical que nega o bem e o mal em favor de uma patologia sublimada. Uma ideologia redentora: a moral cede perante a vontade, a vontade cede perante a loucura.
Perante isto, resta a alienação distópica dos indivíduos. O futebol, diz-nos Ballard, é a derradeira esperança de violência da sociedade. Definindo-se numa nova ordem social, baseada na energia e na emoção, os adeptos mais subversivos re-dramatizam as suas vidas através da violência e da agressão, re-primitivizam-se e entretecem um código radical que nega o bem e o mal em favor de uma patologia sublimada. Uma ideologia redentora: a moral cede perante a vontade, a vontade cede perante a loucura.
Etiquetas: Ballard, futebol, JG Ballard, literatura
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