Sparrow falls
Senhor afasta da minha pele todo o mal, tenho medo da minha própria escuridão. Queria ser uma ilha mas sei, alguém o disse, que nenhum homem é uma ilha. Serei, talvez, uma península, amarrada à terra apenas pelas convenções mais simples e pelo somatório das notícias esquecidas nos pequenos jornais de província. A água - que me vai rodear, não tenhamos dúvidas disso - recordará a decisão peremptória dos úteros ancestrais, a sua protecção, o seu calor, a sua intimidade maior e única. Tenho receio da minha própria escuridão, Senhor. Das sombras que crio mesmo sem haver luz. Senhor não deixes que os pardais caiam enquanto ainda aprendem a voar.
Etiquetas: devaneios
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