Agostinho na curva 17
Em Alpe d'Huez o fantástico americano deixou o mundo atrás de si, a sua bicicleta negra com pouco mais de 6 kg adejando como uma bala sobre o esfalto. Se todos os outros subiram a montanha, Lance parecia ter caído num precipício, tal a velocidade que imprimiu durante o contra-relógio.
José Azevedo demonstrou que não é o mero aguadeiro do magnífico Armstrong, é antes o depositário fiel da herança genial de Joaquim Agostinho, o deus velocipédico de Brejenjas. A passada feroz de Azevedo na curva 17, a de Agostinho, a sua extroversão de menino que aprende a dar as primeiras voltas na bicicleta "roda 16", emocionou-me, quebrou as parcas resitências que eu cozinhava em relação à sua qualidade. Lembrei o Agostinho que nunca vi correr mas que pairava ao longo da estrada, amparando o português que, num desporto que parece ser de um homem só, é o melhor "jogador" de equipa.
Agostinho
José Azevedo demonstrou que não é o mero aguadeiro do magnífico Armstrong, é antes o depositário fiel da herança genial de Joaquim Agostinho, o deus velocipédico de Brejenjas. A passada feroz de Azevedo na curva 17, a de Agostinho, a sua extroversão de menino que aprende a dar as primeiras voltas na bicicleta "roda 16", emocionou-me, quebrou as parcas resitências que eu cozinhava em relação à sua qualidade. Lembrei o Agostinho que nunca vi correr mas que pairava ao longo da estrada, amparando o português que, num desporto que parece ser de um homem só, é o melhor "jogador" de equipa.
Agostinho
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