O melhor noticiário
JCD refere no Jaquinzinhos a visão apologética de Eduardo Cintra Torres acerca do pior noticiário das nossa televisões. Ainda não tive oportunidade de deletrear as palavras de ECT, pelo que o meu discurso encaminhar-se-á directamente para dois fantásticos momentos telejornalisticos das RTP's e SIC's.
O primeiro, no primeiro (canal), refere-se à entrada em directo, no Jornal da Noite de Domingo, a partir do garrafão da Ponte 25 de Abril, entremostrando o abandono massivo (parecia uma coluna de refugiados) do cálido meridião por milhares de portugueses. O que eu questiono é a pertinência jornalística de uma notícia repetitiva (todos os anos a mesma coisa, em Agosto de 15 em 15 dias, etc.) que não interessa a ninguém, possivelmente só a quem está enfiado nos carros (mas esses não têm acesso à caixa colorida). Uma linha editorial assim, paupérrima, não produz serviço público frutífero, produz aberrações noticiosas.
O outro momento hilariante foi-nos gentilmente oferecido pelo Tele-lupanar da Tarde de hoje, na SIC, encontrando-se inserido na reportagem sobre o adiamento das inquirições do processo de pedofilia na Casa Pia. Pasme-se quem não viu: o jornalista entra num café e pergunta ao sorridente comerciante quantas bicas tinha vendido nessa manhã e outras alarvidades do género. Meu Deus, é para isto que se estuda um ror de anos nas faculdades de Letras?!, para questionar as pessoas acerca das bicas? Mais uma vez: a quem é que interessa esta notícia? Se uma notícia assim é posta no alinhamento de um jornal televisivo é porque alguém a consome regalado. Mas quem?
Não falo da TVI porque, depois do que tive que aguentar nas outras duas fábricas de cerveja (depois de umas quantas a malta começa a ver coisas esquisitas), pressenti que algo pior poderia acontecer...
O primeiro, no primeiro (canal), refere-se à entrada em directo, no Jornal da Noite de Domingo, a partir do garrafão da Ponte 25 de Abril, entremostrando o abandono massivo (parecia uma coluna de refugiados) do cálido meridião por milhares de portugueses. O que eu questiono é a pertinência jornalística de uma notícia repetitiva (todos os anos a mesma coisa, em Agosto de 15 em 15 dias, etc.) que não interessa a ninguém, possivelmente só a quem está enfiado nos carros (mas esses não têm acesso à caixa colorida). Uma linha editorial assim, paupérrima, não produz serviço público frutífero, produz aberrações noticiosas.
O outro momento hilariante foi-nos gentilmente oferecido pelo Tele-lupanar da Tarde de hoje, na SIC, encontrando-se inserido na reportagem sobre o adiamento das inquirições do processo de pedofilia na Casa Pia. Pasme-se quem não viu: o jornalista entra num café e pergunta ao sorridente comerciante quantas bicas tinha vendido nessa manhã e outras alarvidades do género. Meu Deus, é para isto que se estuda um ror de anos nas faculdades de Letras?!, para questionar as pessoas acerca das bicas? Mais uma vez: a quem é que interessa esta notícia? Se uma notícia assim é posta no alinhamento de um jornal televisivo é porque alguém a consome regalado. Mas quem?
Não falo da TVI porque, depois do que tive que aguentar nas outras duas fábricas de cerveja (depois de umas quantas a malta começa a ver coisas esquisitas), pressenti que algo pior poderia acontecer...
Etiquetas: "tvização" dos media
<< Home