<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

14.8.03

You Handsome Devil

A referência, em avatares-de-desejo, a um assomo liminar e estruturador da consciência humana (o sonho) adstrito ao uso do fogo pelos primeiros Homo (refiro-me obviamente à sistemática de Lineu, e.g., família Hominidae; género Homo, espécie Homo habilis) é, quanto a mim, plena de fundamento, científico e empírico. É mesmo uma matéria quase dogmática nos terrenos da Evolução Humana e Paleoantropologia. O sonho, que nasceu de um conúbio do homem com o fogo, tem, diz A Origem do Amor, papel importante na trama incendiária que urde o país. Assim, o desígnio que move os bombeiros na sua ânsia de ab-rogar a pletora de demónios (tão belos e aprazíveis para alguns: os tão propalados dementes e agentes pirómanos vendidos às madeireiras) dispersos pelo país, consagrados à destruição de manchas desmedidas de floresta, vidas inteiras de trabalho e, miseravelmente, também a vida humana, enquanto fenómeno biológico e social, é o sonho ímpar de apagar fogos.
Um fenómeno interessante, despoletado pela comunicação social pátria, refere-se à narração de uma individualidade heróica do bombeiro, enquanto ser redentor. A “secreta singularidade”, de que nos fala Michel Foucault, deste aventureiro destemido, parece residir no tal sonho de apagar o fogo, que afinal não passa de uma variante do sonho do Bem em vencer o Mal, dos arcanjos do Céu vencerem os demónios do Inferno. Seja. O bombeiro-herói tem toda a razão de ser.
Nós, os dos blogues, das televisões, das rádios e dos jornais, evoluímos na escrita que nos permite apreender e tomar posse do mundo exterior. Só que a escrita, na realidade, não apaga fogos, mesmo que o sonhe fazer.