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13.8.03

Ronaldo (o Cristiano), Corto e António Malhadinhas

Conheço homens iguais. Talvez estes três nomes reflictam não mais que isso, homens iguais. Pelo menos em alguma coisa hão-de ser iguais. Eu acho que a sua similitude advém do facto de incorporarem em si um sonho, sonhos.

Lia hoje numa das nossas folhas de couve diárias, daquelas que transmitem notícias desportivas (leia-se notícias de futebol), que o "talentoso prodígio" (meu Deus, que hipérbole) ex-Sporting, Cristiano Ronaldo, vive um sonho real, um momento mágico em que, para além das emoções desportivas propriamente ditas, sobressaem os milhões de euros que vai auferir no colossal Manchester United. Sinceramente, acho que Ronaldo tem futuro como desportista, mas, tornando-se o sonho realidade numa fase tão precoce da sua caminhada futebolística, cogito se esse mesmo sonho não será mais um a engrossar as taxas de mortalidade infantil dos espaços oníricos.

Corto Maltese sonhava a liberdade e o amor, transportando um fado que o afastou, se não da liberdade, da liberdade de esquecer o amor. Até ao fim da sua vida (se é que Corto morreu, Pratt nunca o "matou") o marinheiro sonhou sempre e o seu sonho não se tornou nunca realidade. Talvez daí a sua longevidade enquanto anti-herói. E o Malhadinhas da velha Barrelas? Bem, esse sonhou com a sua própria vida, nos seus últimos estertores, quando quase perdida. Sonhou com o amor, com a riqueza, com a romaria e a feira, com o trabalho. Tudo teve, tudo perdeu, tudo teve.

São iguais os três, mas dois destes homens só vivem no mundo da ficção. Talvez por isso o sonho de Ronaldo seja o único palpável e não etéreo. Talvez por isso não seja o sonho com que eu sonho.

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