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27.8.03

Americanices/Burrices

Cita A Sombra: "A ignorância do norte-americano médio, para nãoo falar na generalidade, em questões internacionais é imensa e, no que toca à  História das Relaçõees Internacionais ainda maior".

É óbvio que a generalidade dos portugueses rescende um certo anti-americanismo, muitas vezes boçal e sem qualquer fundamento. Eu próprio, que tento não julgar o todo pela parte, caio por vezes numa forma comum de elitismo etno-, socio-, eurocêntrico relativamente aos naturais dos E.U.A. Os moldes elitistas a que me refiro são variegados, contudo quero referir somente uma situação diversas vezes evocadas por grandes intelectuais lusos.

Quantas vezes se fala, em conversas informais no quadrado luso, da propalada estupidez geográfica dos americanos ? Quantas vezes se evoca aquele mito urbano sobre a incapacidade de um americano ordinário não conseguir apontar Portugal no mapa-mundi? Toda a gente já ouviu essa conversa. Até pode ser que seja verdade, mas penso que ninguém possui dados concretos sobre o assunto. É certo que Shaquille O'Neill, estrela dos LA Lakers, julgava a Espanha adstrita ao México, mas... Ele é jogador de Basquetebol, não um geógrafo.

Seja. Reconheço alguma ignorância geográfico-histórico-sociológico-etc. ao americano médio. Mas?, e o que dizer dos portugueses, meu Deus? Será que sabem apontar o Bangladesh ou a República Centro-Africana (República CENTRO-AFRICANA) no mapa? O americano médio desconhece onde fica Lisboa. E o português médio, saberá onde fica Atlanta? Como diz, e bem, o Jaquinzinhos, "Para o tal americano médio, uma notícia sobre Portugal tem a mesma relevância que uma notícia sobre o Condado de Oulu para um português". Para além disto, será que todos os portugeses conseguem decifrar as garatujas incompreensiveis dos eruditos textos insertos no Diário do Fundão ou no Amigo do Povo? E o que dizer daqueles que penetram nas universidades portuguesas com médias de 5 e 6 valores? Ou daqueles jobens friques a balbuciar ideias incoerentes nos festivais de Verão?
Por favor, alguém lembre aos 10 milhões de intelectuais lusos aquele ditado dos telhados de vidro.