<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

16.10.09

Passeio Público

(Vitórias e festa)

A democracia portuguesa é um espanto. Uma maravilha. Agrada ao país inteiro, ao menino e à menina, do mais novo ao mais velho, ao pobre e ao rico – e até aos condenados pelos tribunais. Quando há eleições, ainda é melhor: todos, ou quase, são vitoriosos. E as vitórias, normalmente, são “esmagadoras”, reveladoras da “vontade popular”, garantes da continuação/mudança (riscar o que não interessa) das “políticas vigentes”. O cosmos eleitoral não é a preto e branco. É todo preto ou todo branco.

Coimbra, cidade do meio (na geografia, na dimensão), não despreza o cânone. No último Domingo, depois de conhecidos os resultados das eleições autárquicas, celebraram-se as vitórias. Foram muitas e bem distribuídas. O PSD (coligado com o CDS e o PPM) ganhou a capital do distrito. E festejou. O PS ficou em segundo mas subiu a votação no concelho. No distrito, teve a maioria dos votos e conquistou ao PSD as câmaras da Figueira da Foz, de Oliveira do Hospital e de Penacova. Festejou. A CDU elegeu Francisco Queirós e ganhou em cinco assembleias de freguesia. Obviamente, festejou. O CDS não foi a votos mas também ganhou na cidade de Coimbra (à boleia de Carlos Encarnação). É provável que tenha festejado.

O Bloco de Esquerda e o independente Pina Prata foram os grandes derrotados da noite. Não devem ter festejado, até porque nada havia para festejar, mas nunca se sabe: a psique dos políticos portugueses é insondável e excêntrica, facilmente descobre realidades alternativas e mundos virtuais que nada devem ao rigor empírico. A esquizofrenia das eleições autárquicas atinge o seu zénite no momento da comemoração: pela vitória, pelo aumento da votação, pela derrota por poucos. É difícil atravessar um distrito sem notar, nas ruas, a festa de quatro ou cinco cores. Agora, cabe exprimir o óbvio: a festa acabou. O trabalho, não. Nunca acaba, não espera nem diminui.
(Hoje, 16/10, no Jornal de Notícias)

Etiquetas: , ,