<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

15.9.09

Passeio Público

(Pais e seus amados filhos)

A identificação dos problemas fundamentais do país não é problemática – não percamos tempo ou palavras com a gravidade tangível da realidade -; o verdadeiro problema está no facto de não sabermos o que fazer com tanto desespero. É fácil sepultar a nação sob os escombros da economia, da justiça ou da educação. O país é pequeno (é mesmo muito pequeno) e não é assim tão complicado fazer a sua autópsia. E, contudo, não há quem chame de novo o Lázaro.

É de bom-tom reprovar a silly season, e as suas manifestações bronzeadas. O país é uma revista cor-de-rosa; não é um ornitorrinco, mas não é por isso que deixa de ser estranho. E Deus também se ri das suas criações. Mas o Verão esmaece, finalmente. A vivência liminar na Biblioteca Geral substitui a parvoíce no areal. É uma questão de educação.

É tudo uma questão de educação: a economia, a justiça e a própria educação, a ressurreição do Lázaro, a praia e o ornitorrinco. Parece-me compreensível a submissão da justiça e da economia à educação. O sucesso de um país firma-se nas suas políticas educativas. Que não são, lamento dizê-lo, couto privado dos governos e professores.

Os pais e os alunos são actores principais neste teatro da decepção, e ambos por alheamento. O desinteresse dos alunos pela aprendizagem (o ensino tem que regressar à transmissão de conhecimentos, e não persistir no estabelecimento acrítico de programas lúdicos) enforma o grande desafio que toma as universidades, como a de Coimbra, em que a responsabilidade da história é mais um pecado que uma bênção.

O mesmo se pode afirmar relativamente à indiferença parental perante a educação dos filhos. “Não fique à espera que a escola dos seus filhos feche para se interessar por política”. Este slogan (relativo a um dos debates promovidos em Coimbra pelo Jornal de Notícias, no âmbito das eleições legislativas) pode inserir numa qualquer tradição sapiencial. É quase óbvio, mas por vezes as verdades mais evidentes são aquelas que mais facilmente esquecemos.
(04 de Setembro, no Jornal de Notícias)

Etiquetas: ,