O café
«O café», por costume preto e queimado, há-de servir para tudo, até para inquietar os homens e abandoná-los à desgraça - que o diga Fassbinder, o expedito R.W., que de um dia para o outro arrancou das meninges a peça homónima depois de tresler o Goldoni, Carlo. Hei-de morrer fiel à bica (e a Cristo na cruz), ao espresso, como dizem agora os intelectuais e as sopeiras (com curso superior de Psicologia) de Loures, ao cimbalino das tripas; em suma, à chávena cambuta de porcelanosa. Contudo, e afirmo-o prodigamente, sem dores de peito ou neurastenia, gosto «assaz» (mesmo muito, bué) de um mocca tall para llevar da multinacional americana de cafezes que, recentemente, abriu portas em Alfragide e Almada*.
*No «Chiado» ainda não têm esse «estabelecimento» - parolos de merda.
O Café de Rainer Werner Fasbinder - Direcção de Nuno M. Cardoso
Teatro Nacional de São João, Porto - de 6 a 22 de Fevereiro
Etiquetas: devaneios
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