Lenços de papel
O jornal parece um cemitério
gigante, de palavras mortas
e desejos caídos nessa derradeira
noite. Há ali uma
espécie de suicídio, e aquelas
homílias fúnebres (que apreendem
o porvir inexistente) são como
o cutelo gritante no grito
sanguíneo do corpo.
Na sedução melancólica
das páginas, os dedos contam
a Babel metódica dos beijos
e os nossos olhos levam ao fim
o desejo.
gigante, de palavras mortas
e desejos caídos nessa derradeira
noite. Há ali uma
espécie de suicídio, e aquelas
homílias fúnebres (que apreendem
o porvir inexistente) são como
o cutelo gritante no grito
sanguíneo do corpo.
Na sedução melancólica
das páginas, os dedos contam
a Babel metódica dos beijos
e os nossos olhos levam ao fim
o desejo.
Etiquetas: devaneios
<< Home