Matai-vos uns aos outros
Morreu muita gente na Ilíada, e a maioria finou-se à bruta. No Moby Dick morrem quase todos (Ahab e Queequeg também e é pena, eu gosto do perneta e do canibal). Um resistiu: chamem-lhe Ishmael. Julien Sorel, pobre coitado, não sobreviveu a O Vermelho e o Negro. A puta da Bovary (no celebérrimo, vejam bem, Madame Bovary) também não. N’O Sonho dos Heróis, já sabem, conta-se a história de mais um óbito (uma bela morte, de briga e faca). Até a sensaborona Daisy Miller fenece, mesmo no final, na novela homónima. São tantas, as mortes consumadas nas palavras.
Os livros onde não morre ninguém são uma maçada.
Os livros onde não morre ninguém são uma maçada.
Etiquetas: devaneios, literatura
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