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31.1.08

Passeio público

Ontem, 30/01, no Jornal de Notícias

Eis as palavras dilectas dos políticos: progresso, desenvolvimento, crescimento. Enfim, o futuro. A ilusão das palavras, a desilusão das acções por concretizar. Na realidade, não há razão para não darmos outra oportunidade aos fautores do nosso destino público. A tradição e as leis canónicas sugerem-no: a paciência é uma virtude. E Coimbra, sabemo-lo bem, é uma cidade virtuosa.

Foi finalmente apresentado aos empresários e a outros parceiros estratégicos, na sede da Associação Comercial e Industrial de Coimbra, o programa que promete ser mais que um sonho utópico da cidade que nele vislumbra a sua definitiva oportunidade de futuro. Falo, já perceberam, do projecto Coimbra Inovação Parque, trivialmente designado por Coimbra iParque. Uma ideia que manifesta, pelo menos, um premente desejo de sol por detrás da penumbra de estagnação que há muitos anos vem ensombrando a cidade.

A construção de um vasto complexo industrial e tecnológico, um espaço privilegiado de acolhimento de empresas da nova economia, pode funcionar, sem dúvida como um catalisador de desenvolvimento num Distrito que há demasiado tempo soçobra à inércia da autarquia, ao esquecimento do poder central e às promessas por completar de ambos.

O iParque funda-se, antes de tudo, num vínculo entre a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e a Universidade. Um sucesso, por si mesmo, quase inaudito: é conhecida a aparente distância da cidade relativamente à academia (e vice-versa). É, portanto, um desígnio tocado pela fragrância da mudança.

Com cinco áreas estratégicas de desenvolvimento (saúde e ciências da vida, robótica, telecomunicações, multimédia e transversais), a aposta crucial do projecto cinge-se à implantação de empresas ligadas às novas tecnologias, de crescimento rápido; à transposição para as empresas do conhecimento gerado na Universidade de Coimbra ou no Instituto Politécnico e à constituição de uma tessitura de parcerias entre investidores, empreendedores, centros de investigação e outras empresas preexistentes. O propósito final é claro: agilizar, dinamizar e fortalecer o sector produtivo da região.

Apesar de neste momento as expectativas serem as melhores, o iParque esteve próximo de sucumbir às altercações intestinas que há bem pouco tempo afligiram a autarquia conimbricense. Os desentendimentos e querelas entre subscritores (recordo que a CMC é a accionista maioritária do Coimbra Inovação Parque) quase impediram o embolso das verbas referentes ao terceiro Quadro Comunitário de Apoio. Tempo precioso, sumido.

Reverenciado por tecnocratas e políticos, o projecto do iParque pode ser mais que uma promessa de “crescimento” e de “progresso”. Pode ser o fio condutor entre um passado glorioso (mas desmaiado) e um futuro promissor que tarda em se cumprir.

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