<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

3.7.07

Acho que foi porque nos lembrámos que a cobra nos traíu e que a rã lavou os pés ao Senhor Cristo


Parecem os mesmos todos os anos. Talvez não. O período de vida de um sapo, de uma rã, de um batráquio, afinal, não será, suponho, superior a dois anos. O ruído, esse é que é sempre o mesmo: murmúrio incoerente escapado aos motores da auto-estrada. Lá fora, trespassando a noite, na longínqua massa de água deposta em vala. Há textos medievais que falam desse barulho e da própria vala de água. Isto para introduzir o seguinte: um dia, eu e o meu primo, salvámos uma rã das mandíbulas de uma cobra matizada de cinzentos e castanhos, d'água - como lhe chamam os camponeses inexistentes e também os biólogos que estudam tão esquisita bicharada. Era um ofídeo de dimensões respeitáveis, assustador, se pensarmos - ou eu vos disser - que na altura eu levava apenas nove anos de mundo e o meu primo nove ou dez. É matéria provada que, para matar cobra, o melhor apetrecho é uma cana verde comprida. Uma única canada no lombo e é vê-la a estrebuchar e a rabear, doidinha para se deixar ir. Foi administrado o comprovado remédio e é facto vero que o ofídeo estrebuchou e rabeou e no final se deixou ir, de olhos esgazeados e lombo murcho e passado. A rã vivia, ainda. E viveu mais, que a deixámos ir, magnânimos e omnipotentes. O Homem vingava-se mais uma vez da desfeita do Éden.

Etiquetas: ,