Restos de uma composição maior
A fachada barroca vagamente iluminada protegera-o da chuvada célere que aspergia toda a cidade. Os poucos transeuntes que ainda vagueavam pelas ruas acorriam atabalhoadamente ao cálido refúgio do lar, desatentos daquele estranho homem que, enrolado sobre si, começara a cantar uma ária de Wagner. Ou talvez o último êxito da rádio.
Ninguém sabe, ninguém deu por isso. Aquele homem triste, ou mulher, abrigado sobre a parede amarelada, ou branca, ou negra, ninguém sabe. Ninguém atentou nele ou nela, nem o próprio narrador desta história que assim fica irremediavelmente inacabada. São tantos assim que já ninguém quer saber.
Ninguém sabe, ninguém deu por isso. Aquele homem triste, ou mulher, abrigado sobre a parede amarelada, ou branca, ou negra, ninguém sabe. Ninguém atentou nele ou nela, nem o próprio narrador desta história que assim fica irremediavelmente inacabada. São tantos assim que já ninguém quer saber.
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