<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

29.1.04

Trafulha

Os especialistas em direito fiscal declaram, quase em uníssono, que a retenção de contribuições de cerca de 600 funcionários judiciais devidas à Segurança Social pelo Ministério da Justiça é ilegal, configurando um abuso de confiança fiscal, crime previsto no Regime Geral das Contribuições Tributárias. Para além da ilegalidade subjacente a esta prática continuada ao longo de um ano inteiro [aqui não há o célebre “engano”, apanágio do caso da “cunha”, por exemplo], a mim parece-me lícito relevar a imoralidade e a “intrujice” de uma situação que, como sustentou Francisco Louçã no Público, se encontra ao nível das “falcatruas cometidas pelos empresários mais trafulhas deste país”.

Esta pretensa ilegalidade soma-se, dessa forma, ao rol de “casos” menos claros que vêm sendo protagonizados pelo governo do país e que demonstram, claramente e no seu conjunto, que a propaganda de rigor encetada pelo governalho PSD-CDS/PP não passa disso mesmo, propaganda. Enganosa.

As razões para a preocupação são muitas. O governo revela uma paupérrima capacidade de lidar com as necessidades e dificuldades do país, a oposição movida pelo PS tem sido coarctada pelo espectro do caso “Casa Pia” e, sobretudo, o quarto poder tem-se alheado dos problemas reais do país, à custa de problemas graves, sim, mas cuja relevância tem sido demasiadamente empolada. A recente exploração facínora da dor provocada pela morte prematura de Miklos Fehér posta-se como exemplo: as notícias praticamente ignoraram o abuso fiscal protagonizado pela ministra Celeste Cardona, focando desregradamente, impudicamente, o seu olho na morte do futebolista húngaro e nos sentimentos destilados em seu redor.