Lembro-me sempre
Nous sommes aux mois d'amour.
(Arthur Rimbaud)
Porque é de ti o pensamento gasto nas folhas que iniciam a queda em Setembro, nos automóveis que cruzam insensíveis esta janela que me separa do mundo, no som furioso das campainhas que se avizinham nos corredores estreitos do prédio. Porque é de ti o meu estremecimento quando alguém grita no lá fora, o fogo que se revela nos passos incertos de uma velha curvada sobre a vida. Tu és a chave dessa porta entreaberta, o pretexto e o contexto para tudo que pensa dentro de mim.
Etiquetas: devaneios
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